Como o Itamaraty soube da decisão de Maduro de convocar seu embaixador
Governo Maduro convocou seu embaixador no Brasil para consultas e cobrou explicações do responsável pela embaixada brasileira em Caracas
atualizado
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Foi por meio da embaixada do Brasil em Caracas que o Itamaraty foi informado, ainda na manhã desta quarta-feira (30/10), da decisão do ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, de convocar o embaixador venezuelano em Brasília para consultas.
Segundo apurou a coluna, integrantes do governo Maduro comunicaram a decisão oficialmente ao encarregado de Negócios da embaixada do Brasil na Venezuela, Breno Hermann. O diplomata, então, imediatamente avisou o Itamaraty em Brasília.
O próprio encarregado brasileiro foi convocado por integrantes da ditadura venezuelana em Caracas para dar explicações. Ele está respondendo pela embaixada do Brasil porque a embaixadora brasileira, Glivânia Maria de Oliveira, está fora do país.
Em comunicado, a Venezuela diz que chamou Hermann para “manifestar a mais firme rejeição às recorrentes declarações de ingerência e grosseiras de porta-vozes autorizados pelo governo brasileiro, em particular do assessor especial para Assuntos Internacionais, Celso Amorim”.
Segundo o comunicado, Amorim estaria “se comportando como mais um mensageiro do imperialismo norte-americano, se dedicou de forma impertinente a emitir julgamentos de valor sobre processos que cabem apenas aos venezuelanos e venezuelanas e suas instituições democráticas”.