Como ministros do STF viram os atos bolsonaristas do 7 de Setembro
Ao contrário de 2021, magistrados avaliaram reservadamente que os atos de apoiadores de Jair Bolsonaro este ano ocorreram “sem sobressaltos”
atualizado
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Ministros do STF avaliaram que os atos do 7 de Setembro deste ano foram mais calmos que os de 2021, quando o presidente da Corte, Luiz Fux, teve de intervir para evitar que o prédio do tribunal fosse atacado por bolsonaristas.
Em conversas reservadas, magistrados do Supremo ressaltaram que os protestos em defesa do presidente Jair Bolsonaro ocorreram “sem sobressaltos”.
Em 2022, um esquema de segurança organizado pelo governo do Distrito Federal, por exemplo, impediu que caminhões e ônibus entrassem na Esplanada dos Ministérios.
No ano passado, caminhoneiros invadiram a contenção feita pela polícia do DF e ameaçaram chegar à Praça dos Três Poderes, às portas da Suprema Corte.
Bolsonaro ainda tentou que alguns caminhões entrassem na área restrita, mas não houve concordância do governador Ibaneis Rocha (MDB), aliado do presidente da República.
Discurso
Ministros do STF também destacaram, nos bastidores, o fato de Bolsonaro não ter feito ataques nominais a integrantes da Corte, como em 2021, quando chamou Alexandre de Moraes de “canalha”.
Em 2022, o atual chefe do Palácio do Planalto fez a crítica de forma indireta. Ele afirmou que a população “conhece” o STF, deixando as vaias por parte de seus apoiadores.
Além das vaias, bolsonaristas mantiveram a praxe de levar diversos cartazes e faixas pedindo o fechamento do STF e a prisão ou o impeachment de ministros do Supremo.