Como Alckmin recebeu a cobrança pública de Lula para ser “mais ágil”
Em discurso no Planalto na segunda-feira (22/4), presidente Lula cobrou que seu vice, Geraldo Alckmin, seja “mais ágil” e converse mais
atualizado
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O presidente Lula cobrou o vice-presidente Geraldo Alckmin e alguns de seus principais ministros, na segunda-feira (22/4), que entrem mais em campo para ajudar na articulação do governo com o Congresso Nacional.
A cobraça foi feita durante discurso em evento no Palácio do Planalto no qual Lula lançou um programa de concessão de crédito a empresários e pessoas inscritas na base de dados de programas sociais do governo.
Sobre Alckmin, Lula pediu ao vice, que acumula o cargo de ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, que seja “mais ágil”. “Tem que conversar mais”, afirmou o presidente.
Segundo aliados próximos de Alckmin, o vice-presidente não ficou chateado com a cobrança pública do presidente, pois teria encarado a declaração de Lula como uma “brincadeira”.
O próprio Alckmin brincou com a cobrança nas redes. No X (antigo Twitter), ele publicou montagem em que aparece como o personagem Papa-Léguas, acompanhando da frase: “O presidente Lula pediu para acelerar. Pé na tábua!”
Relação difícil com Congresso
No discurso presidencial, sobrou também para o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, a quem Lula pediu que perdesse “algumas horas conversando no Senado e na Câmara”, “ao invés de ler um livro”.
A cobraça de Lula foi feita em meio à relação difícil que o governo federal vem tendo com o Congresso Nacional, sobretudo com integrantes da Câmara dos Deputados.
O atual presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), trava uma guerra pública com o ministro Alexandre Padilha, responsável por comandar a articulação política do governo com o parlamento.
No domingo (21/4), um dia antes do discurso com cobranças a seus ministros, Lula recebeu Lira no Palácio da Alvorada para uma conversa a sós, como a coluna revelou em primeira mão.