A Comissão de Anistia do governo federal negou, na última terça-feira (28/9), o pedido de reconhecimento à condição de anistiado feito pelo vereador do Rio de Janeiro César Maia (DEM). Ele é pai do deputado federal Rodrigo Maia (sem partido-RJ), ex-presidente da Câmara e atual secretário do governo João Doria.

O pedido foi negado pelos conselheiros da comissão por 7 votos a 2. A palavra final, porém, caberá à ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, a quem a comissão é subordinada. A ministra não antecipa o voto, mas aliados lembram que ela costuma seguir o parecer do colegiado

César Maia pede reparação econômica por ter sido alvo da Ditadura Militar no Brasil. Ele chegou a ser preso depois do Golpe de 1964. Para fugir da perseguição do regime, exilou-se no Chile em 1968. Foi durante o exílio que Rodrigo Maia nasceu em 1970, na capital Santiago.

Segundo dados do portal da transparência do governo federal, o pedido de anistia foi protocolado pelo vereador em 27 de setembro de 2016, dois meses após Rodrigo Maia ser eleito pela primeira vez para a presidência da Câmara. Na época, o presidente já era Michel Temer (MDB).

À coluna César Maia disse nesta sexta-feira (1º/10) ainda não ter sido comunicado da decisão da comissão. O vereador pediu reparação econômica em prestação única. O valor total só é calculado após o pedido ser deferido. A indenização poderia chegar a R$ 100 mil, teto pago pela comissão.