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Cobrado por auxiliares de Bolsonaro, Mourão nega abrir portas a Lula

Mourão foi cobrado ao afirmar à coluna que era “totalmente desproposital” a tese de que militares não aceitariam eleição de Lula

atualizado

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Hamilton Mourão, atual vice-presidente do Brasil. Ele veste terno e gravata e tem cabelos escuros – Metrópoles
1 de 1 Hamilton Mourão, atual vice-presidente do Brasil. Ele veste terno e gravata e tem cabelos escuros – Metrópoles - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

O vice-presidente Hamilton Mourão negou, neste domingo (13/3), em sua conta oficial no Twitter, estar abrindo as portas dos quartéis para Lula e o PT, ao dar declarações de que as Forças Armadas respeitarão eventual vitória do ex-presidente petista nas eleições deste ano.

“Quem pensa que estou abrindo a porta dos quartéis para Lula e PT desconhece a minha história e o papel das Forças Armadas, em especial do Exército Brasileiro. Continuo firme, afirmando que o governo do PT foi catastrófico para o Brasil e que o retorno ao poder trará retrocessos”, escreveu.

Segundo apurou a coluna, a declaração vem após auxiliares do presidente Jair Bolsonaro cobrarem Mourão por fala dada em entrevista à coluna, na semana passada. Na ocasião, o vice-presidente disse ser “totalmente desproposital” a tese de que os militares não aceitarão uma eventual vitória de Lula.

Veja tuíte do vice-presidente:

À coluna o general da reserva argumentou que, desde o fim da ditadura militar, as Forças Armadas “não se meteram em nenhum processo eleitoral”. Lembrou também que os militares foram liderados por governos do PT durante vários anos, “sem problema nenhum”.

“Isso é algo totalmente desproposital. As Forças Armadas têm se mantido dentro dos limites dos deveres constitucionais dela, têm agido dessa forma ao longo de todo esse período, desde o término do período de presidentes militares. As Forças Armadas não se meteram em nenhum processo eleitoral. Fomos aí, ao longo de 12 anos, 13 anos, governados pela esquerda, pelo PT, sem problema nenhum.”

As declarações de Mourão na entrevista foram vistas por outros integrantes das Forças Armadas que atuam no governo Bolsonaro como um possível aceno do atual vice-presidente a Lula, que lidera as pesquisas de intenção de voto ao Planalto este ano até agora.

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