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Ciro Nogueira coloca panos quentes em racha da PEC dos Combustíveis

Em entrevista ao Metrópoles, Ciro Nogueira tenta explicar que Bolsonaro não mudou de posição contra Paulo Guedes na PEC dos Combustíveis

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O ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, na redação do Metrópoles para entrevista - Metrópoles
1 de 1 O ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, na redação do Metrópoles para entrevista - Metrópoles - Foto: Arthur Menescal/Especial Metrópoles

Após as duras críticas da equipe econômica à proposta, o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, tenta colocar panos quentes no racha entre a ala política do governo e o time de Paulo Guedes em torno da PEC que permite uma redução de tributos sobre combustíveis.

Em entrevista ao Metrópoles, Ciro Nogueira tentou explicar que a posição do presidente Jair Bolsonaro não mudou e permanece a mesma defendida pelo ministro da Economia. Ou seja, de que seja autorizada uma redução de impostos apenas sobre o diesel, e não sobre os outros combustíveis.

“A determinação do presidente é que a gente faça a redução no PIS/Cofins no que diz respeito ao diesel. O que acontece é que a PEC não pode se dirigir apenas ao diesel, tem que ser aos combustíveis. A PEC apenas autoriza o governo federal e também os estaduais – espero que os estados também deem sua parcela de contribuição – a fazerem a redução, o que esperamos que vá acontecer”, argumentou o ministro.

Ciro Nogueira disse que a equipe econômica foi consultada sobre a proposta. Segundo ele, criou-se uma “celeuma” em torno do assunto, mas já estaria tudo “esclarecido”. “A PEC vai ter continuidade na Câmara inicialmente e, depois de aprovada, iremos cumprir o que estamos dizendo hoje. Apenas o diesel será reduzido no nosso país.”

Na última semana, a coluna mostrou que Guedes estava irritado com a apresentação da PEC dos Combustíveis do deputado Christino Áureo (PP-RJ), redigida por um funcionário da Casa Civil. O motivo era a amplitude da proposta, que alcançava não apenas o diesel, mas também a gasolina, o álcool e o gás de cozinha.

O ministro da Economia, como noticiou a coluna, ainda apontou o dedo para o colega Rogério Marinho (Desenvolvimento Regional) como padrinho da ideia dentro do governo. E lembrou que Bolsonaro havia decidido que o benefício seria apenas para o diesel.

Guedes defende que o melhor caminho para reduzir o preço dos combustíveis no Brasil seria o Projeto de Lei Completar (PLP) 11/2020. A proposta fixa um valor do ICMS para os combustíveis. Assim, os estados terão de cobrar por unidade de medida, e não mais com um percentual sobre o preço.

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