Ciro Nogueira atua para abafar ideia de ministros de adiar o 2º turno
Alguns ministros de Jair Bolsonaro ensaiaram movimento em defesa de adiar as eleições, em razão da denúncia de fraude nas inserções
atualizado
Compartilhar notícia
O ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, atuou ativamente, nos bastidores, para baixar a temperatura no governo e na campanha de Jair Bolsonaro em relação à denúncia de suposta fraude na veiculação de inserções eleitorais do presidente em rádios.
Ao longo dessa quarta-feira (26/10), alguns ministros ensaiaram um movimento para pedir o adiamento do segundo turno das eleições, marcado para domingo (30/10), em razão da denúncia. A ideia era que ministros dessem uma entrevista à imprensa para falar sobre isso.
Ciro, então, entrou em ação e atuou para demover os colegas ministros, que seguiram o conselho, pelo menos até o momento. O chefe da Casa Civil tem evitado falar publicamente sobre a denúncia. Em suas redes sociais, por exemplo, nada postou sobre o tema até agora.
Uma das poucas declarações foi dada por ele em entrevista ao site Poder360 nessa quarta. Na entrevista, Ciro fez questão de marcar posição em relação aos colegas do governo e avaliou que a denúncia não seria motivo para adiar as eleições, como aliados do governo defendem.
“Não existe previsão legal para adiar uma eleição. Não vejo como isso acontecer e não vejo motivo para isso”, disse o ministro. Ele afirmou ainda que o ideal é que o TSE averigue a denúncia. “Tenho certeza que o TSE dará essa resposta o mais rapidamente possível”, disse.
Procurado pela coluna, Ciro não se pronunciou. A posição do ministro da Casa Civil, que comanda o PP, é parecida com a de Valdemar Costa Neto, presidente do PL, partido de Bolsonaro. Como dirigentes partidários, ambos não querem comprar briga com ministros do TSE.