Centrão defende suspender petista que deu tapa em colega na Câmara
Lideranças do Centrão avaliam que tapa não seria motivo suficiente para cassar Washington Quaquá (PT-RJ), mas defendem suspensão do mandato
atualizado
Compartilhar notícia
Lideranças do Centrão defendem, nos bastidores, a suspensão do mandato do deputado Washington Quaquá (PT-RJ), após o petista dar um tapa no rosto do colega Messias Donato (Republicanos- ES).
A agressão, como noticiou o Metrópoles, ocorreu dentro do plenário da Câmara dos Deputados, durante a sessão solene de promulgação da PEC da Reforma Tributária, na quarta-feira (20/12).
Na avaliação de líderes do Centrão, alguns deles de partidos com ministérios no governo Lula, o tapa não seria motivo suficiente para cassação, mas o episódio merece uma punição “intermediária” para evitar que se repita.
“Temos que dar uma suspensão nele, senão desanda tudo”, afirmou à coluna, sob reserva, uma influente liderança partidária do Centrão.
Líderes do Centrão ressaltam que a suspensão do mandato também ajudaria a frear uma eventual punição mais severa por parte do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).
Em entrevista à GloboNews na quinta-feira (21/12), Lira afirmou que o tapa dado por Quaquá “desmoraliza” o parlamento. O presidente da Câmara também pediu que os partidos não façam acordo para não punir os envolvidos.
Punições
Para que parlamentares seja julgados pelo Conselho de Ética da Câmara, um partido político precisa, antes, ingressar com uma representação por quebra de decoro parlamentar.
Após aprovado no conselho, o caso vai ao plenário da Casa. As punições podem variar de censura a cassação do mandato, considerada a mais severa de todas.