Integrantes do Centrão elegeram a Casa Civil, comandada pelo petista Rui Costa, como alvo prioritário de alterações durante a votação da medida provisória (MP) que trata da reestruturação ministerial na Câmara.

Parlamentares do Centrão ouvidos pela coluna estimam que até 30% das atribuições da Casa Civil poderão ser retiradas da pasta e transferidas para ministérios comandados por partidos como MDB, PSD e União Brasil.

Uma das possíveis mudanças seria devolver o Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) para o Ministério do Planejamento. A pasta é comandada por Simone Tebet (MDB), filiada à sigla do relator da MP, Isnaldo Bulhões.

Aliados de Arthur Lira (PP-AL) dizem que, devido aos trabalhos da comissão mista, Isnaldo só deve entregar seu relatório faltando poucos dias para a MP caducar, impedindo, assim, que o governo cosniga reverter as mudanças.

A medida provisória precisa ser votada na comissão mista e pelos plenários da Câmara e do Senado antes do dia 1º de junho. Se não for votada, toda a estrutura ministerial feita por Lula será desfeita.

Como mostrou a coluna, Rui Costa entrou na mira do Congresso. O ministro da Casa Civil é criticado por diversos deputados e senadores do Centrão, que reclamam, sobretudo, da demora nas nomeações de cargos.