Decisão sobre CCJ pode tirar 96 votos do candidato a sucessor de Lira
Caso rompa acordo com PL pelo comando da CCJ, Arthur Lira pode perder os 96 votos do partido para emplacar seu sucessor no comando da Câmara
atualizado
Compartilhar notícia
A decisão do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), sobre qual partido comandará a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) em 2024 poderá afetar sua própria sucessão na presidência da Casa, em fevereiro de 2025.
Nos bastidores, caciques do PL dizem que uma possível “quebra de acordo” sobre o comando da CCJ, comissão mais importante da Câmara, inviabilizaria o apoio do partido ao candidato de Lira a presidente da Casa.
Na avaliação de caciques do PL, o candidato de Lira ao comando da Câmara pode perder 96 votos, justamente o tamanho da bancada da legenda do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Por ter a maior bancada da Casa, o PL reivindica o comando da CCJ. Entre os demais líderes da Câmara, entretanto, discute-se a possibilidade de Lira entregar a presidência da comissão ao União Brasil.
O União é liderado pelo deputado Elmar Nascimento (BA), favorito de Lira para sucedê-lo. O nome mais forte do partido para a CCJ é o do deputado Arthur Maia (União-BA), que já foi presidente do colegiado.
Esperança
Por enquanto, lideranças do PL na Casa tratam a possibilidade de perder a CCJ como “especulação” e mantêm a esperança de controlar a comissão ao longo de 2024.
A legenda quer emplacar como presidente do colegiado a deputada bolsonarista Caroline de Toni (PL-SC). Entretanto, a bancada governista trabalha contra a indicação, já que consideram a parlamentar “muito radical”.