Candidata de direita em Curitiba associou Flávio Bolsonaro a milícias
Candidata à Prefeitura de Curitiba que flerta com o bolsonarismo já associou o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) às milícias do Rio
atualizado
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A jornalista Cristina Graeml (PMB), candidata à Prefeitura de Curitiba que flerta com o bolsonarismo na cidade, já associou o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho “01” de Jair Bolsonaro, com milícias do Rio de Janeiro.
A declaração não é de agora. Ela foi feita por Graeml em janeiro de 2019, em uma das edições de um programa jornalístico que ela comandava em Curitiba. O trecho tem circulado na capital paranaese logo após os gestos de apoio do clã Bolsonaro a sua candidatura.
No vídeo, Graelm comenta a notícia de que o ex-deputado Jean Willys decidiu deixar o Brasil, logo após a posse de Jair Bolsonaro como presidente do Brasil. A hoje candidata encerra o comentário falando que o assunto “traz mais luz para a questão das milícias”, em especial para “questão do Flávio Bolsonaro ligado” a milicianos.
“Tem uma coisa bem interessante que ele levantou, Lúcio. Não sei se é o que você queria comentar aí, que é: talvez não tenha sido bolado como estratégia (a decisão de Willys de sair do Brasil). Óbvio, provavelmente foi o sentimento dele que fez com que ele tomasse a decisão, mas pensando de um de uma forma estratégica, ele traz mais luz ainda para a questão das milícias, pra questão do Flávio Bolsonaro ligado de alguma forma a milicianos”, diz a candidata.
Disputa em Curitiba
Graelm disputa o segundo turno em Curitiba contra Eduardo Pimentel (PSD), candidato apoiado pelo governador Ratinho Jr. e que tem como vice o ex-deputado federal Paulo Martins (PL), indicado pelo partido de Bolsonaro.
Mesmo assim, o ex-presidente não entrou de cabeça na campanha de Pimentel. Em entrevista na quinta-feira (10/10) ao Metrópoles, na coluna Guilherme Amado, Flávio Bolsonaro defendeu que Graeml é mais de direita que o candidato do PSD.
Segundo Flávio, seu pai não irá se posicionar porque “a Cristina Graeml é um baita de um quadro” e porque ela é “uma pessoa realmente de direita”.
“Ali, é uma situação difícil para o ex-presidente se posicionar e eu acho que o eleitor terá que ficar com sinais que vão ser dados pelo Bolsonaro”, disse o senador.
A coluna procurou a campanha de Graelm para perguntar sobre a declaração, mas ainda não obteve resposta. o espaço segue aberto.