Governo descarta resgate de brasileiros da Faixa de Gaza por via aérea
Defesa e Itamaraty avaliam que operação de resgate aéreo na Faixa de Gaza seria muito arriscada. “Tem que ser negociado”, diz José Múcio
atualizado
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O governo federal descarta, ao menos por ora, qualquer chance de resgatar por via aérea os brasileiros que querem deixar a Faixa de Gaza. A avaliação é de que uma operação desse tipo seria muito arriscada.
“Tem que sair negociado”, disse à coluna nesta segunda-feira (16/10) o ministro da Defesa, José Múcio, que coordena, junto ao Itamaraty, a operação de resgate de brasileiros que estão em Israel e Gaza.
O Brasil mantém o plano de retirar os brasileiros de Gaza por meio da fronteira terrestre com o Egito. O grupo aguarda, desde o final da semana passada, a autorização tripla de Israel, do Egito e do Hamas para deixar o território.
A previsão do Itamaraty é de que, após cruzar a fronteira para o Egito, os brasileiros sejam levados até a capital daquele país, Cairo. De lá, o grupo deve embarcar em aviões da FAB para o Brasil.
Brasileiros na Faixa Gaza
Ao todo, 32 brasileiros estão na Faixa de Gaza aguardando as tratativas diplomáticas entre Egito, Israel e Brasil para a repatriação. Eles estão divididos em alguns grupos nas cidades de Rafah e Khan Yunis.
Do grupo, a maioria são mulheres e crianças e seis são homens. O governo já deslocou até Roma, na Itália, a aeronave VC-2 (Embraer 190) da Presidência, que transportará os brasileiros do Egito ao Brasil.
A repatriação do governo federal é chamada de Operação Voltando Em Paz. Só nesta semana, 916 pessoas já foram trazidas ao Brasil, todas provenientes de Israel.
O quinto voo chegou ao Brasil na madrugada desta segunda. A aeronave pousou no Rio de Janeiro trazendo 215 pessoas.