O presidente Jair Bolsonaro precisará fazer uma série de testes RT-PCR de detecção da Covid-19 para poder encontrar o presidente da Rússia, Vladimir Putin, durante viagem a Moscou, na próxima semana.

Por exigência do governo russo, Bolsonaro e toda sua comitiva terão de fazer os exames não só para poder entrar na Rússia, como já em território estrangeiro nos dias que antecedem e na data da reunião com Putin.

A agenda de Bolsonaro em Moscou prevê encontros com Putin na quarta-feira (16/2), sendo uma reunião bilateral e um almoço. Além disso, ele se reunirá com empresários e o presidente da Duma, a Câmara dos Deputados russa.

No início da semana, o presidente da França, Emmanuel Macron, se recursou a fazer o teste de Covid-19 para encontrar a Putin em Moscou, segundo informações da agência de notícias Reuters.

A exigência dos testes faz parte do cinturão de proteção a Putin montado pelo Kremlin. Como a coluna noticiou na terça-feira (8/2), essas medidas levaram o Itamaraty a tomar precauções ao montar a agenda de Bolsonaro.

Comitiva reduzida

Também a pedido do governo russo, Bolsonaro precisou reduzir a comitiva presidencial que o acompanhará na viagem. Um dos ministros que devem ser excluídos é o titular da Justiça, Anderson Torres.

Até agora, Bolsonaro mantém na comitiva basicamente seus ministros-generais. Entre eles, Augusto Heleno (GSI), Braga Netto (Defesa) e Luiz Eduardo Ramos (Secretaria-Geral da Presidência).

Os comandantes do Exército, da Marinha e da Aeronáutica também acompanharão o presidente na viagem. Com Covid-19, a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, também viajará, caso teste negativo até a data do embarque.

A prioridade para militares na comitiva se deve ao foco principal da viagem de Bolsonaro à Rússia: discutir cooperação de tecnologia militar entre os governos brasileiro e russo.