Bolsonaro rejeitou conselhos do QG de sua campanha sobre caso Caixa
Presidente da República só quis saída do presidente da Caixa após estar convencido de que denúncias não eram armação contra governo
atualizado
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O presidente Jair Bolsonaro rejeitou conselhos de estrategistas de sua campanha à reeleição sobre como reagir às denúncias de assédio sexual contra o agora ex-presidente da Caixa Pedro Guimarães.
O caso foi divulgado pelo Metrópoles na tarde de terça-feira (28/6) e provocou um reboliço nos bastidores do governo e da campanha à reeleição do atual chefe do Palácio do Planalto.
A orientação imediata dos estrategistas da campanha foi para que Bolsonaro demitisse Guimarães ainda na terça e fizesse um duro discurso condenando a prática de assédio sexual.
O presidente, contudo, não seguiu o conselho. Ele até acertou a demissão do executivo durante um encontro no Palácio da Alvorada na noite de terça, mas ela só foi concretizada na noite de quarta-feira (29/6).
Segundo assessores palacianos, Bolsonaro só queria efetivar a saída de Guimarães quando tivesse convencido de que as denúncias contra o executivo não eram uma armação contra o governo.
O presidente também optou, pelo menos até o momento, por não tocar no assunto da demissão do executivo, nem para criticar, nem para elogiar a postura de Guimarães.