Diferentemente de seu ex-chefe, o ex-assessor para Assuntos Internacionais do governo Jair Bolsonaro, Filipe Martins, não ficou em silêncio no depoimento à Polícia Federal nesta quinta-feira (22/2).

Segundo advogados, Martins não respondeu perguntas, mas fez “esclarecimentos pontuais” por cerca de 2 horas sobre a suposta trama para deflagrar um golpe de Estado a fim de impedir a posse de Lula após as eleições de 2022.

Além de Martins, outros dois aliados de Bolsonaro também falaram em seus depoimentos à PF: o ex-ministro da Justiça Anderson Torres e o presidente Nacional do PL, Valdemar Costa Neto.

Bolsonaro, por sua vez, ficou em silêncio. A única pergunta a qual o ex-presidente reagiu, como noticiou a coluna, foi quando foi questionado se era “cis”, em referência a “cisgênero”.

Martins foi preso pela Polícia Federal no dia 8 de fevereiro em Ponta Grossa (PR). A ação foi fruto da delação do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.

Como noticiou a coluna, o ex-assessor está detido na Superintendência da Polícia Federal do Paraná, em Curitiba.  Trata-se do mesmo local onde Lula permaneceu por mais de 580 dias preso.