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Bolsonaro diz que seguiu regras sanitárias para se encontrar com Putin

Governo russo determinou que presidente brasileiro fizesse uma série de testes RT-PCR para detectar Covid-19

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O presidente Bolsonaro (PL) se reúne com o presidente russo Vladimir Putin, num salão branco do Kremlin. Ele está de terno, sentado ao lado de uma mesa baixa - Metrópoles
1 de 1 O presidente Bolsonaro (PL) se reúne com o presidente russo Vladimir Putin, num salão branco do Kremlin. Ele está de terno, sentado ao lado de uma mesa baixa - Metrópoles - Foto: Oficial Kremlin/PR

Moscou e Brasília— O presidente Jair Bolsonaro (PL) confirmou, nesta quarta-feira (6/2), que se submeteu a testes de Covid-19 e a todas as outras medidas sanitárias exigidas pelo governo russo para o encontro com o presidente Vladimir Putin.

“Eu submeti a tudo que foi acordado no Brasil. Nada do que aconteceu aqui foi diferente do acordado”, afirmou Bolsonaro, demonstrando irritação com a pergunta de jornalistas sobre o assunto.

Como a coluna vem noticiando, o governo russo exigiu de Bolsonaro, de integrantes da comitiva brasileira e dos jornalistas credenciados uma série de testes de Covid-19 para terem acesso ao Kremlin, sede do governo da Rússia.

O último exame para o novo coronavírus foi realizado nesta quarta, na véspera do encontro. No caso de Bolsonaro e de parte da delegação brasileira, o material para o teste foi colhido por uma equipe russa no hotel em que o presidente está hospedado em Moscou. No caso dos jornalistas, o exame foi feito dentro do próprio Kremlin.

Na semana passada, o presidente da França, Emmanuel Macron, se recusou a fazer um teste de Covid-19 para se encontrar com Putin. Segundo informações da agência de notícias Reuters, o francês teve medo de ter seu DNA “roubado”. O encontro entre os dois chefes ocorreu com um distanciamento de mais de dois metros.

Putin é alguém que “busca a paz”, diz Bolsonaro

Durante a rápida conversa com a imprensa, nesta quarta, o presidente brasileiro disse que a leitura que faz do chefe russo é de alguém que “busca a paz”.

Sem citar nomes, Bolsonaro confirmou ter sido informado de que “alguns países gostariam” que a viagem dele à Rússia “não se realizasse”, mas ressaltou que o Brasil é um país “soberano”. Antes da viagem, o brasileiro foi criticado por visitar Moscou em um momento em que Rússia e Ucrânia vivem uma crise militar na fronteira entre os dois países.

A instabilidade entre as nações se dá, sobretudo, em razão de a Rússia querer barrar a entrada da Ucrânia na Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), que é liderada pelos Estados Unidos. Segundo o presidente norte-americano, Joe Biden, Putin está na “iminência” de invadir o país vizinho.

Na terça-feira (15/2), a Rússia anunciou a retirada de parte dos militares posicionados na fronteira com a Ucrânia, mas não informou o número de soldados que foram retirados. De acordo com o governo norte-americano, mais de 100 mil soldados estão nas áreas fronteiriças.

“Tivemos a informação de alguns países que gostariam que o evento não se realizasse. Alguns acharam que o pior poderia acontecer com a nossa presença aqui”, disse.

“A leitura que eu tenho do presidente Putin é que ele é uma pessoa também que busca a paz. E qualquer conflito não interessa para ninguém no mundo. Mantivemos nossa agenda. Por coincidência ou não, parte das tropas deixaram a fronteira e, pelo que tudo indica, é uma grande sinalização que o caminho para a solução pacífica se apresenta no momento para Rússia e Ucrânia”, prosseguiu Bolsonaro.

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