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Bolsonaro deixa Rússia e chega a Budapeste para agenda de um dia

Presidente Jair Bolsonaro se encontrará com primeiro-ministro húngaro, Victor Orbán, nesta quinta-feira (17/2), em Budapeste

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Alan Santos/Presidência da República
Presidente Jair Bolsonaro durante encontro reservado com presidente Vladmir Putin, no Kremlin - Metrópoles
1 de 1 Presidente Jair Bolsonaro durante encontro reservado com presidente Vladmir Putin, no Kremlin - Metrópoles - Foto: Alan Santos/Presidência da República

Enviado especial a Moscou — O presidente Jair Bolsonaro deixou a Rússia na manhã desta quinta-feira (17/2), madrugada ainda no Brasil. Ele chegou em Budapeste, na Hungria, onde terá basicamente um único compromisso: um encontro com o primeiro-ministro húngaro, Victor Orbán.

A previsão é de que o chefe do Palácio do Planalto volte ao Brasil já nesta quinta. Ele seguirá direto para o Rio de Janeiro, onde pretende sobrevoar as áreas atingidas pelas fortes chuvas que mataram mais de 30 pessoas em Petrópolis, cidade na região serrana do estado.

Acompanhado de ministros e assessores, Bolsonaro deixou o hotel Four Seasons, onde estava hospedado em Moscou, por volta das 7h30, horário local, 1h30 da manhã em Brasília. O avião presidencial decolou do aeroporto da capital russa em direção à Budapeste cerca de uma hora depois.

Agenda de um dia

No total, Bolsonaro passou menos de 48 horas em Moscou. Ele havia chegado à cidade às 16 horas da terça-feira (15/2). A agenda oficial do presidente se concentrou na quarta-feira (16/2). O principal compromisso foi a reunião com presidente Vladimir Putin.

O encontro aconteceu no Kremlin, sede do governo russo. Os dois presidentes ficaram a sós praticamente todo o tempo, acompanhados apenas de intérpretes. Além de uma reunião de trabalho, almoçaram juntos e deram uma declaração conjunta ao final.

Uma das principais discussões foi sobre a venda, por empresas russas, de insumos para produção de fertilizantes agrícolas, que enfrentam escassez mundial. O Brasil importa boa parte desses produtos, tendo a Rússia como um de seus principais vendedores.

Isolamento

Na avaliação de auxiliares presidenciais e integrantes do Itamaraty, a recepção de Putin a Bolsonaro e as reuniões entre ministros “cumpriram o objetivo” de tentar mostrar que o atual chefe do Palácio do Planalto não está isolado no cenário internacional.

Na viagem, Bolsonaro tentou desviar do tema da tensão entre Rússia e Ucrânia. Em declaração inicial ao lado de Putin, o chefe do Planalto chegou a dizer que o Brasil era “solidário” aos russos, no que pareceu ser uma fala em apoio a Putin no conflito.

Depois, no entanto, orientado por assessores, ajustou o discurso. E passou a afirmar que a posição do Brasil é solidário a todo e qualquer país, “desde que” essas nações optem por caminhos “pacíficos” para solucionar impasses e crises com outros países.

Como revelou a coluna, em sua declaração oficial ao lado de Putin, Bolsonaro repetiu uma frase usada num vídeo criado por bolsonaristas, com um falso discurso atribuído ao presidente da Rússia. Segundo auxiliares, a ideia de repetir a frase “fake” foi do próprio chefe do Planalto.

Medidas sanitárias

O encontro de Bolsonaro com Putin se deu após uma série de exigências sanitárias impostas pelo governo russo. O presidente brasileiro, sua comitiva oficial e jornalistas credenciados tiveram de apresentar uma série de testes de Covid-19 negativos.

O último exame, como revelou o Metrópoles, foi feito na manhã de quarta por equipes de saúde russas. No caso do presidente e de parte da comitiva, o teste foi realizado no hotel onde Bolsonaro estava hospedado. Já o de jornalistas foi feito dentro do Kremlin.

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