Bolsonaro dá poder a Braga Netto para definir posições sobre Ucrânia
Presidente ordenou que ministro da Defesa seja ouvido pelo Itamaraty antes de qualquer manifestação sobre invasão à Ucrânia
atualizado
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O presidente Jair Bolsonaro ordenou ao chanceler Carlos França que o ministro da Defesa, general Braga Netto, seja ouvido previamente antes de qualquer manifestação oficial do Itamaraty sobre a invasão russa na Ucrânia.
O ordem foi passada por Bolsonaro ao ministro das Relações Exteriores durante reunião fora da agenda na noite dessa quinta-feira (24/2), no Palácio da Alvorada, residência oficial do presidente em Brasília.
A ideia é que Braga Netto traga ao Itamaraty avaliações e ponderações de riscos, da situação militar no leste europeu, além de compartilhar informação de adidos nas embaixadas.
Na manhã desta sexta-feira (25/2), Bolsonaro se reuniu com Braga Netto e outros ministros-generais no Palácio da Alvorada, fora da agenda, para discutir o plano de evacuação dos brasileiros que estão na Ucrânia.
Além do titular da Defesa, participaram da conversa os ministros-generais Luiz Eduardo Ramos (Secretaria-Geral da Presidência) e Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional).
Posição brasileira
Até o início da tarde desta sexta, o Itamaraty soltou apenas uma nota oficial após a invasão da Rússia na Ucrânia. No documento, o Brasil pede a “suspensão imediata das hostilidades”, mas não condena a ação russa.
No entanto, há uma cobrança dos Estados Unidos, de países europeus e da própria Ucrânia para que o governo brasileiro adote uma nova postura mais dura em relação à Rússia.
O Itamaraty também avalia apoiar o projeto de resolução que os americanos apresentaram no Conselho de Segurança da ONU condenando a invasão russa na Ucrânia.