Bolsonaro almoça com prefeito de SP para discutir eleições
Ex-presidente Jair Bolsonaro almoçou com o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), nesta terça-feira (26/3), para tratar de eleições
atualizado
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O ex-presidente Jair Bolsonaro almoçou nesta terça-feira (26/3), em São Paulo, com o prefeito da capital, Ricardo Nunes (MDB). O almoço ocorreu no apartamento de Fabio Wajngarten, advogado e assessor do ex-presidente.
O encontro teve as presenças dos deputados estaduais paulistas Gil Diniz (PL) e Lucas Bove (PL); do prefeito de Jundiaí, Luiz Fernando Machado; e do coronel da reserva da Polícia Militar Ricardo Mello Araújo.
O militar foi o nome indicado pelo ex-presidente da República para ser vice de Nunes no pleito municipal deste ano, quando o atual prefeito tentará reeleição. Araújo foi presidente da Ceagesp no governo Bolsonaro.
Nunes, porém, prefere um civil como companheiro de chapa, conforme noticiou a coluna. Um dos cotados é o ex-ministro Aldo Rebelo, atual secretário de Relações Internacionais da Prefeitura de São Paulo.
A indicação de Aldo Rebelo para vice de Nunes conta com apoio de aliados de peso do atual prefeito. Entre eles, está o governador paulista, Tarcísio de Freitas (Republicanos).
Além de Aldo, é cotada para vice de Nunes a vereadora Sonaíra Fernandes, atual secretária de Políticas para as Mulheres do governo Tarcísio. Sonaíra se filiou ao PL nessa segunda-feira (25/3).
Estada em embaixada
O almoço de Bolsonaro ocorreu um dia após vir à tona que ele passou dois dias na Embaixada da Hungria em Brasília, em fevereiro, dia após ter seu passaporte apreendido pela Polícia Federal.
A estada de Bolsonaro foi revelada pelo jornal The New York Times, que teve acesso a vídeos do sistema de segurança da representação diplomática no Brasil.
Segundo a reportagem do jornal americano, as imagens captadas mostram que Bolsonaro chegou à embaixada na noite do dia 12 de fevereiro, segunda-feira de Carnava, e ficou até 14 de fevereiro.
Pela legislação internacional, embaixadas são consideradas invioláveis, sob jurisdição de outros países, não podendo ser objeto de busca, requisição, embargo ou medida de execução.
Isso significa que, mesmo com uma eventual ordem de prisão, Bolsonaro não poderia ser detido dentro da embaixada sem a autorização de autoridades da Hungria.
O ex-presidente brasileiro, vale lembrar, mantém relação amistosa com o atual primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán. Os dois se encontraram em dezembro na posse de Javier Milei, em Buenos Aires.