“Bolsonaristas raiz” perdem controle de comissões na Câmara em 2022
Após comandar três colegiados em 2021, aliados do presidente que deixaram o União Brasil não presidirão nenhuma comissão da Casa em 2022
atualizado
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A decisão de deputados federais bolsonaristas de trocar o União Brasil pelo PL para ficar no mesmo partido que o presidente Jair Bolsonaro fez esses parlamentares perderem espaços na Câmara.
Após a mudança partidária, a bancada dos fiéis apoiadores do atual presidente da República acabou ficando sem o comando de nenhuma das 25 comissões temáticas da Casa em 2022.
A expectativa dos deputados bolsonaristas oriundos do PSL, partido que se fundiu com o DEM e virou o União Brasil, era ter conseguido o comando de ao menos quatro colegiados.
Entre eles, estava a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), a mais importante da Casa. A presidência da comissão, porém, acabou ficando com Arthur Maia (União Brasil-BA).
Os deputados bolsonaristas também almejavam ter em 2022 o controle das comissões de Fiscalização Financeira e Controle; de Finanças e Tributação; e de Relações Exteriores. Sem sucesso.
Nesse ano, o PL ficou com duas comissões: a de Agricultura e a de Defesa dos Direitos da Mulher. Ambas, porém, serão comandadas por deputados que já eram da sigla antes da filiação de Bolsonaro.
A Comissão de Agricultura será comandada pelo deputado federal Fernando Giacobo (PL-PR). Já a de Defesa dos Direitos da Mulher será presidida por Kátia Sastre (PL-SP).
Contraste
O cenário contrasta com 2021, quando três deputadas bolsonaristas então filiadas ao PSL presidiram comissões na Câmara: Bia Kicis (CCJ), Carla Zambelli (Meio Ambiente) e Aline Sleutjes (Agricultura).
Em 2019, deputados aliados de Bolsonaro que eram filiados ao PSL comandaram a CCJ; a Comissões de Relações Exteriores, com Eduardo Bolsonaro (SP); e a de Fiscalização Financeira e Controle.