Bolsonarista pede aplausos a juíza que barrou estátua de Lúcifer
Deputado bolsonarista pede moção de aplausos e louvor para juíza que suspendeu inauguração de estátua de Lúcifer em cidade gaúcha
atualizado
Compartilhar notícia
A polêmica sobre a construção de uma estátua de Lúcifer em um templo satanista em Gravataí (RS), na região metropolitana de Porto Alegre, chegou à Câmara dos Deputados.
Em Brasília, a mais de 2 mil quilômetros da cidade gaúcha, um deputado baiano quer aprovar uma moção de aplausos para a juíza que suspendeu a inauguração do templo com a estátua.
O requerimento pedindo uma moção de aplausos e louvor à magistrada foi protocolado na quinta-feira (15/8) no sistema da Câmara pelo deputado bolsonarista Capitão Alden (PL-BA).
No pedido, o parlamentar baiano enaltece a decisão da juíza, afirmando que a suspensão é “sensata e respeitosa”. Ele nega que signifique intolerância religiosa.
“É importante esclarecer que a questão não se trata de intolerância religiosa, mas sim de aspectos legais e respeito ao contexto social da comunidade”, alega o deputado.
Quem foi a juíza que barrou a estátua
A decisão foi da juíza Valéria Willhelm. Ela impediu a inauguração do templo da “Nova Ordem de Lúcifer na Terra”, atendendo a pedido da prefeitura de Gravataí.
No pedido, a prefeitura alegou ausência de alvará de funcionamento, de Plano de Prevenção e Combate a Incêndios (PPCI) e de um CNPJ para o templo.
A prefeitura usou ainda o argumento de “insegurança” do local, por conta da repercussão negativa após a notícia de que o templo teria uma estátua destinada a homenagear Lúcifer.