Bolsonaristas parabenizam PF por prisões de fugitivos, mas criticam MJ
Deputados bolsonaristas da Comissão de Segurança Pública elogiam PF e PRF e criticam Ministério da Justiça ao comentar prisões
atualizado
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Após a captura dos fugitivos da prisão de segurança máxima de Mossoró, parlamentares bolsonaristas parabenizaram o trabalho da Polícia Federal e da Polícia Rodoviária Federal, mas ignoraram o trabalho do Ministério da Justiça.
Pelo contrário, em uma lista de cumprimentos feitos por deputados de direita que fazem parte da comissão de Segurança Pública sobrou espaço para críticas à pasta comandada por Ricardo Lewandowski.
O próprio presidente do colegiado, deputado Alberto Fraga (PL-DF), falou que a PF e a PRF “cumpriram seu papel”, “mesmo com a falta de investimento e com o descaso que a segurança Pública”.
A deputada Silvia Waiãpi (PL-AP) foi pela mesma linha. Ela falou em “descaso do governo” com a segurança pública ao comentar as prisões dos fugitivos de Mossoró.
“Mesmo com o descaso do governo Lula com a Segurança Pública no Brasil, hoje foram presos e colocados de novo atrás das grades”, afirmou.
Já o deputado Sargento Gonçalves (PL-RN) agradeceu a PF “mesmo não tendo o reconhecimento necessário por parte do governo federal”.
“Quero expressar minha profunda gratidão e reconhecimento aos policiais da PF e PRF pela determinação e profissionalismo demonstrados durante todo o período de busca pelos fugitivos, mesmo não tendo o reconhecimento necessário por parte do governo federal”, disse.
Outros deputados da comissão, como Coronel Telhada (PP-SP), Rodrigo Valadares (União-SE) e Sargento Portugal (Podemos-RJ) parabenizaram a PF e a PRF e preferiram não citar a participação do Ministério da Justiça.
Prisões de fugitivos
Rogério da Silva Mendonça e Deibson Cabral Nascimento foram presos nesta quinta-feira (4/4) após 51 dias de buscas. Eles foram encontrados em Marabá (PA), a 1,6 mil quilômetros de distância da penitenciária de Mossoró.
Como mostrou o Metrópoles, Rogério estava de camiseta preta, cabelo e barba feitos, e apresentava ferimento no nariz. Deibson também estava barbeado, com cabelo cortado e vestia camisa gola polo e boné vermelhos.