Boa vontade no Senado e Judiciário com Zanin não sairá de graça para Lula
Aliados de Lula avaliam que lideranças do Senado e do Judiciário vão cobrar fatura pelo apoio à indicação de Cristiano Zanin ao STF
atualizado
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A boa vontade de lideranças do Senado Federal e do Judiciário com a indicação do advogado Cristiano Zanin ao STF não sairá de graça para o presidente Lula.
Aliados do petista já precificam que essas mesmas figuras que prometem ajudar a aprovar o nome de Zanin no Senado vão cobrar a fatura ao presidente ainda este ano.
A cobrança, preveem, virá quando Lula for indicar o substituto da atual presidente do Supremo Tribunal Federal, ministra Rosa Weber, que se aposentará em outubro.
A avaliação de petistas é de que haverá uma forte pressão dessas lideranças do Congresso Nacional e do Judiciário para influenciar na nova escolha de Lula.
Por ora, já há vários nomes se articulando nos bastidores para essa segunda vaga. Entre eles, estão Bruno Dantas, presidente do TCU, e Rodrigo Pacheco (PSD-MG), presidente do Senado.
Nenhum dos nomes ventilados até agora tem a intimidade que Zanin tem com Lula. O jurista foi advogado do presidente na Lava Jato e na campanha eleitoral de 2022.
A indicação de Zanin foi encarada em Brasília como cota “personalíssima” de Lula, visto que desagradou até mesmo petistas históricos e ministros do próprio governo.
O advogado também estava longe de ser o preferido da cúpula do Congresso e do Judiciário, que certamente vai exigir de Lula a segunda vaga, em troca do apoio agora a Zanin.