Bivar impõe a Lula a mesma condição que propôs para apoiar Bolsonaro
Antes de negociar aliança eleitoral com Lula, o presidente do União Brasil, Luciano Bivar, teve conversas com o clã Bolsonaro
atualizado
Compartilhar notícia
Presidente do União Brasil, Luciano Bivar (PE) impôs a Lula recentemente a mesma condição que propôs meses atrás a Jair Bolsonaro em troca do apoio de seu partido nas eleições presidenciais.
Para apoiar Lula ou Bolsonaro na disputa ao Palácio do Planalto deste ano, o dirigente do União Brasil pediu em troca o apoio dos presidenciáveis para se eleger presidente da Câmara dos Deputados em 2023.
A primeira negociação foi com Bolsonaro. As conversas foram tocadas entre o vice-presidente do União Brasil, Antonio Rueda, e o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho mais velho do presidente da República.
Àquela altura, Bivar ainda não era pré-candidato ao Planalto. O União Brasil integrava as discussões com PSDB, MDB e Cidadania por uma candidatura única da “terceira via”, que acabou ficando com Simone Tebet.
As tratativas com o PT já são mais recentes e envolvem a desistência de Bivar da disputa presidencial. Em troca, o dirigente quer ajuda dos petistas para se reeleger deputado e tentar o comando da Câmara no próximo ano.
Tanto aliados de Lula quanto de Bolsonaro consideram complicado darem a Bivar o que ele exige. O atual presidente da República chegou a fazer uma contraproposta: uma embaixada no exterior para o dirigente.
A negociação com Bolsonaro, porém, não avançou por resistências de outras lideranças do União Brasil e do próprio Bivar, que brigou com o atual chefe do Planalto em 2019.