Base de Lula, União Brasil paga R$ 11 mil a líder do MBL por pesquisa
Coordenadora nacional do MBL foi contratada pelo União Brasil para realizar pesquisa sobre participação feminina com deputados da sigla
atualizado
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Base do governo Lula na Câmara dos Deputados, o União Brasil contratou uma das coordenadoras nacionais do MBL (Movimento Brasil Livre) para fazer um levantamento com a bancada da sigla sobre a participação feminina.
A contratada foi Amanda Vettorazzo. Filiada ao União Brasil, ela é uma das principais lideranças do MBL e figurinha frequente nas ações “provocadoras” feitas pelo movimento em eventos da esquerda e em universidades pelo Brasil.
Segundo a prestação de contas do União à Justiça Eleitoral, Amanda ganhou R$ 11 mil do partido em maio de 2023 para realizar um “mapeamento” com os parlamentares da sigla. A “pesquisa” foi feita entre 10 de abril e 10 de maio.
Segundo o contrato, o objetivo seria mapear um “as atividades políticas partidária das mulheres integrante do União Brasil”, “identificar a participação feminina em projetos” para “subsidiar o projeto de comunicação” da sigla.
O resultado do trabalho entrou como anexo na documentação enviada ao TSE. Em cinco páginas, Amanda lista os parlamentares do União com que conversou e diz que suas idas à Brasília foram “muito bem aproveitadas”.
“Em resumo, a aproximação entre partido e o parlamentar deve ser feita para fortalecer a representação política e garantir a coerência das ações do legislador com os princípios e propostas do União, além de remanejar a estrutura para que possamos pensar numa maior participação feminina no mundo da política”, diz Amanda no relatório.
A líder do MBL tem 35 anos de idade e disputou uma vaga de deputada estadual na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) nas eleições de 2022 pelo União Brasil. Ela teve 54,7 mil votos e acabou ficando apenas na suplência.