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Bancada evangélica trocará presidente “só de fachada”

Juridicamente, Eli Borges continuará sendo presidente da Frente Evangélica até o fim de 2023; Silas Câmara será o presidente “público”

atualizado

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Evandro Éboli – Metrópoles
Deputado Eli Borges (PL-TO)
1 de 1 Deputado Eli Borges (PL-TO) - Foto: Evandro Éboli – Metrópoles

A partir do dia 2 de agosto, a Frente Parlamentar Evangélica terá o deputado federal Silas Câmara (Republicanos-AM) como seu novo presidente. Ele entrará no lugar do atual chefe da bancada evangélica, deputado Eli Borges (PL-TO).

A troca, no entanto, será apenas “de fachada”. Silas Câmara será o presidente apenas no que diz respeito as atividades públicas da frente. Para todos efeitos jurídicos, o chefe da bancada evangélica continuará sendo Eli Borges.

A mudança foi acertada em um “acordo de cavalheiros” durante reunião da frente na manhã da quarta-feira (12/7). Assim, juridicamente, Borges será o presidente até o final de 2023, com Silas sendo nomeado em cartório apenas em 2024.

O motivo para a “troca de fachada” é um imbróglio jurídico gerado pelo acordo fechado em fevereiro deste ano. Na época, Borges e Câmara combinaram de se revezar no comando da bancada em mandatos de seis meses, pelos próximos dois anos.

Pelo atual estatuto da frente, o mandato de presidente deve ser de um ano. E, mesmo com uma eventual mudança de regimento, o mandato de Borges não poderia ser extinto pela metade. A solução seria a renúncia, algo que o deputado se recusou a fazer.

Aliados de Eli Borges argumentam que, em caso de renúncia, não haveria garantias de que ele retornaria em seis meses ao comando da frente, uma vez que já teria oficialmente deixado seu mandato e entregado para Silas Câmara.

“São dois homens de Deus. Está muito claro aqui para todos nós que no dia 2 de agosto, o senhor (Eli Borges) passa a frente para ele (Silas Câmara). Uma ata interna corporis desse acordo de seis meses para cada um, que não precisa ir a cartório. E o senhor legalmente assina um ano e o Silas Câmara o outro justamente por causa desses estatutos que a gente vinha fazendo”, resumiu na reunião o ex-presidente da frente, deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ).

Silas sob pressão

Interlocutores de Eli Borges afirmam que Silas Câmara assumirá o comando da frente recebendo uma série de questionamentos dos parlamentares evangélicos. Um deles seria sobre sua proximidade com o presidente Lula.

Outro fato lembrado é o acordo feito pelo parlamentar com o STF no final do ano passado. Silas foi réu em uma ação pela prática de “rachadinha” entre os anos de 2000 e 2001, mas aceitou pagar uma multa de R$ 242 mil em troca de extinguir o processo.

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