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Avalanche de assinaturas forçou governo a mudar de posição sobre CPMI

Estratégia do governo era tentar enterrar CPMI, mas, após vídeo de ministro com invasores, comissão ganhou novas assinaturas no Congresso

atualizado

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Marcelo Camargo – Agência Brasil
Invasão Planalto
1 de 1 Invasão Planalto - Foto: Marcelo Camargo – Agência Brasil

A divulgação das imagens do então ministro do GSI Gonçalves Dias caminhando entre invasores do Palácio do Planalto no 8 de janeiro fez o número de assinaturas pela CPMI no Congresso aumentar consideravelmente.

Segundo o próprio autor do requerimento, o deputado federal bolsonarista André Fernandes (PL-CE), CPMI tinha alcançado, até a semana passada, o apoio de pelo menos 218 deputados e 37 senadores.

É bem mais do que o número mínimo de assinaturas necessário para instalação de uma comissão parlamentar mista de inquérito, que precisa do apoio de pelo menos 171 deputados e 27 senadores.

Nas redes sociais, parlamentares avisam a seus eleitores que passaram a assinar o requerimento. Dentre eles, estão Danilo Forte (União-CE), Luísa Canziani (PSD-PR) e Rafael Simões (União-MG).

Antes da divulgação dos vídeos pela CNN Brasil, o governo Lula articulava a retirada de assinaturas do requerimento para tentar enterrar a CPMI antes de ela ser instalada em sessão do Congresso.

Como mostrou a coluna, o  Palácio do Planalto mirava parlamentares do Republicanos e do PSD, na esperança de retirar cerca de 30 assinaturas, o que inviabilizaria a comissão.

Diante da avalanche de assinaturas, o governo mudou a posição. Lideranças governistas, como o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), dizem que o Planalto apoiará a investigação.

A estratégia é, diante da praticamente inevitável instalação da CPMI, tentar ter maioria na comissão e, assim, controlar o rumo das investigação para não deixar a narrativa de bolsonaristas dominar os trabalhos.

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