Auxiliares apontam erro de Bolsonaro em reação sobre Roberto Jefferson
Ex-deputado Roberto Jefferson atirou contra policiais federais que tentaram prendê-lo nesse domingo (23/10), no interior do Rio
atualizado
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Auxiliares de Jair Bolsonaro apontaram como um “erro” a reação inicial do presidente de “determinar” a ida do ministro da Justiça, Anderson Torres, ao Rio de Janeiro, para acompanhar in loco a prisão do ex-deputado Roberto Jefferson, nesse domingo (23/10).
Como noticiou o Metrópoles, o ex-deputado atirou e jogou granadas contra policiais federais que cumpriam a ordem de prisão, na manhã do domingo. Um delegado e uma agente da Policia Federal foram atingidos, mas passam bem.
Na avaliação de membros do governo, compartilhada por integrantes da campanha, ao anunciar a ida de Torres no Twitter sem dar outras explicações, Bolsonaro demonstrou estar mais preocupado com Jefferson do que com os policiais feridos.
– Determinei a ida do Ministro da Justiça ao Rio de Janeiro para acompanhar o andamento deste lamentável episódio.
— Jair M. Bolsonaro 2️⃣2️⃣ (@jairbolsonaro) October 23, 2022
Há também a avaliação de que, ao ordenar a ida do ministro da Justiça para acompanhar a operação conduzida pela PF, o presidente da República indicou que estaria interferindo na corporação para proteger o aliado.
Segundo auxiliares, Bolsonaro escreveu o tuíte de São Paulo, onde cumpria agenda, e enviou para o filho Carlos Bolsonaro postar, sem dar tempo para que ministros e auxiliares que estavam à distância fizessem sugestões.
Após diagnosticarem que a fala inicial pegou mal, Bolsonaro subiu o tom à noite, ao anunciar a prisão de Jefferson. Dessa vez, o presidente ressaltou os tiros do aliado contra os policiais e chamou Jefferson de “bandido” e “criminoso”.
Apesar da “ordem” do chefe, Torres não foi até a casa de Jefferson, na cidade de Levy Gasparin (RJ). O ministro acompanhou parte do episódio de São Paulo e outra, da delegacia da PF de Juiz de Fora (MG), responsável pela prisão do ex-deputado.