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Autora de emenda contra cobrança de bagagem tem rixa antiga com aéreas

Deputada Perpétua Almeida reclama constantemente do serviço prestado, especialmente pela dificuldade de voos para seu estado, o Acre

atualizado

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Paulo Sérgio/Câmara dos Deputados
Deputada Perpétua Almeida
1 de 1 Deputada Perpétua Almeida - Foto: Paulo Sérgio/Câmara dos Deputados

Autora da emenda que prevê a volta da gratuidade de uma bagagem de 23 kg despachada por passageiro, a deputada Perpétua Almeida (PCdoB-AC) tem um histórico de insatisfação com o serviço das companhias aéreas.

A parlamentar é figura frequente no púlpito da Câmara quando o assunto é reclamar do setor. Especialmente pela falta de opções para se viajar de Brasília até Rio Branco, capital de seu estado.

Só em abril deste ano foram dois discursos no plenário da Casa criticando as empresas brasileiras de aviação comercial. No dia 26 de abril, por exemplo, o alvo foi o preço cobrado para se despachar uma mala.

“Os senhores acham que é justo que uma pessoa que saia de Manaus, no Amazonas, e vá para Rio Branco, no Acre, ou para Porto Velho, em Rondônia, tudo dentro da Região Norte, pagar 6 mil reais por uma passagem e não ter direito de despachar uma mala de forma gratuita?”, afirmou a parlamentar naquele dia.

Uma semana antes, no dia 18 de abril, Perpétua Almeida reclamava da malha aérea, que, em sua visão, relega serviços em estados como o Acre.

“No Acre, por exemplo, não existe mais voo da Gol durante o dia, só de madrugada. Pega-se o voo lá à meia-noite e ele pousa em Brasília às 8 horas da manhã. A TAM tem voo durante o dia em alguns dias na semana, mas nessa alternativa de fazer Brasília via Guarulhos. Então, a Câmara dos Deputados precisa tomar uma decisão e cobrar postura dessas empresas. Elas estão lucrando, sim. Os voos estão todos lotados. Mas elas não repassam o lucro para investimento nas empresas”, discursou.

A medida provisória que pode trazer a gratuidade no despacho de bagagens em voos no Brasil deve ser votada nesta terça-feira (24/5) no plenário da Câmara, após sofrer modificações no Senado.

Caso os deputados federais, que têm a palavra final sobre a proposta, aprovem o retorno da gratuidade, o presidente Jair Bolsonaro já indicou que deverá vetar o artigo.

Rixa antiga

O tema já foi derrotado em 2019, quando Bolsonaro, em seu primeiro ano de mandato, vetou trecho de outra MP que tentava derrubar resolução da Anac que permitia a cobrança.

Na ocasião, Perpétua também aproveitou para criticar o serviço prestado pelas companhias aéreas em seu estado. A reclamação era de que não havia voos ligando Rio Branco a Porto Velho (RO).

“Hoje, se alguém quiser sair do Acre para ir a Rondônia – o voo dura 50 minutos -, primeiro tem que vir a Brasília para, depois, ir a Rondônia. De fato, a ANAC se calou e aceita acabar com os voos regionais”, disse.

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