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Assessor tenta convencer Bolsonaro a visitar Ucrânia após ida à Rússia

Assessor pediu ajuda a militares para convencer Jair Bolsonaro a combinar ida à Rússia com uma visita à Ucrânia, países que vivem tensão

atualizado

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Bolsonaro sai do palacio do alvorada para viagem oficial a Israel
1 de 1 Bolsonaro sai do palacio do alvorada para viagem oficial a Israel - Foto: Michael Melo/Metrópoles

O assessor para Assuntos Internacionais da Presidência, Filipe Martins, tenta convencer o presidente Jair Bolsonaro a emendar uma visita à Ucrânia após a viagem à Rússia, em meados de fevereiro.

Cada vez mais sem influência na agenda internacional de Bolsonaro, Martins pediu a ajuda de ministros militares e outros assessores para convencer o presidente a ir a Kiev, capital ucraniana, após visita a Moscou.

A informação foi comunicada pelo próprio assessor a diplomatas da embaixada da Ucrânia em Brasília, os quais, em entrevistas aos jornais O Globo e O Estado de S. Paulo nos últimos dias, pediram que Bolsonaro também vá ao país.

O argumento é que a visita dupla demonstraria que o Brasil não está tomando partido na disputa entre Ucrânia e Rússia, que vivem uma tensão na fronteira entre os dois países.

Até agora, porém, Bolsonaro só confirmou ida à Rússia, onde encontrará o presidente russo, Vladimir Putin. A previsão é que a viagem aconteça entre os dias 14 e 17 de fevereiro.

Após visitar Moscou, o presidente brasileiro também deve ir a Budapeste, capital da Hungria. A visita está prevista para ocorrer de 17 a 19 de fevereiro.

Resistência

A posição de Martins encontra resistências entre ministros militares, entre eles, Augusto Heleno, do GSI. Esses ministros defendem que Bolsonaro adie a viagem como um todo, em razão do conflito entre Rússia e Ucrânia.

Também há resistências à posição do assessor palaciano no Ministério das Relações Exteriores. Diplomatas brasileiros ouvidos pela coluna disseram não ver motivos para uma visita à Ucrânia neste momento.

Apesar disso, como a coluna noticiou , o Itamaraty orientou o presidente brasileiro a não dar declarações de apoio a nenhuma das duas nações. Bolsonaro, até agora, parece obedecer.

Em entrevista à TV Record nessa segunda-feira (31/1), o presidente disse esperar que a tensão entre Rússia e Ucrânia se resolva “com tranquilidade e harmonia” e que não tocará nesse tema na viagem a Moscou.

“Se esse assunto vier à pauta, será pelo presidente russo, não pela nossa parte. Queremos é cada vez mais integrar com o mundo todo na relação comercial, e poder colaborar, no que for possível, para a paz mundial”, disse.

Procurado pela coluna, Filipe Martins não quis comentar.

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