Após transplante com HIV, governo avalia campanha de doação de órgãos
Crise envolvendo infecção por HIV em transplantes no Rio levou governo Lula a pensar em uma nova campanha para incentivar a doação de órgãos
atualizado
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Após o caso envolvendo a infenção por HIV em transplantes no Rio de Janeiro, o governo Lula estuda incluir, no calendário de campanhas oficiais de 2025, uma ação voltada para o incentivo a doação de órgãos.
A campanha tem sido estudada pelo Ministério da Saúde. Segundo apurou a coluna, a pasta avalia que a ação seria necessiária por que o caso do Rio pode afetar a credibilidade do Sistema Nacional de Transplantes.
O objetivo do ministério comandado por Nísia Trindade é reforçar que o transplante é feito de forma segura. A ideia da pasta é ter a mesma abordagem já feita em campanhas de incentivo à doação de sangue, como a Junho Vermelho.
A própria ministrada Saúde tem dito publicamente que o governo federal pretende incluir regras mais rígidas e exames mais criteriosos nos órgãos a serem doados.
O ministério também quer criar normas específicas para definir os laboratórios que podem realizar os testes relacionados aos transplantes, para evitar que o problema ocorrido no Rio se repita.
Transpantes com HIV no Rio
Como noticiou o Metrópoles, a Secretaria Estadual de Saúde do Rio de Janeiro confirmou, no início de outubro, seis casos de pacientes que receberam órgãos infectados pelo vírus HIV.
A Anvisa e o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) investigam a situação. Os exames de sangue dos doadores de órgãos feitos por um laboratório particular apresentaram resultados falsos negativos para o vírus.