Após resistências, Pacheco puxa o freio em projeto da lei das estatais
Após senadores resistirem à proposta, Rodrigo Pacheco pode deixar para 2023 votação de projeto que flexibiliza a lei das estatais
atualizado
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O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), puxou o freio e desistiu de colocar em votação nesta semana o projeto de lei que flexibiliza a lei das estatais para facilitar indicações políticas.
Segundo parlamentares próximos a Pacheco, ele decidiu recuar após senadores apresentarem resistências à proposta, que foi aprovada pela Câmara na terça-feira (13/12), em votação relâmpago.
Na quarta-feira (14/12), o presidente do Senado chegou a sinalizar que poderia pautar o projeto na Casa já nesta quinta-feira (15/12). A ideia era levar o texto diretamente para o plenário, sem passar pelas comissões.
“Quando o projeto saiu da Câmara, a primeira impressão era de que se tinha consenso. Depois da manifestação de alguns senadores, ele viu que não era bem assim”, disse à coluna um aliado de Pacheco.
A alteração na Lei da Estatais é um retrocesso histórico. Saímos de um país avançado que tem estatais, para uma república de bananas, cujas estatais servirão de cabide de emprego para político derrotado e seus afilhados.
— Tasso Jereissati (@tassojereissati) December 14, 2022
A intenção do presidente do Senado agora é discutir o projeto com os líderes da Casa, o que pode jogar a votação da proposta para a próxima legislatura, em 2023. O Congresso entrará em recesso na próxima semana.
O projeto
O texto do projeto aprovado pelos deputados reduz de 36 meses para 30 dias a quarentena para dirigentes partidários e integrantes de campanha políticas assumirem cargos em estatais.