Após invasões, Lula é pressionado a separar Ministério da Justiça e Segurança
Auxiliares de Lula usaram as invasões no domingo (8/1), em Brasília, para retomar defesa da separação do Ministério da Justiça e Segurança
atualizado
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Uma ala de ministros do governo Lula usou as invasões ao STF, Congresso e Palácio do Planalto, no domingo (8/1), para voltar a pressionar o presidente pela separação do Ministério da Justiça e Segurança Pública.
Em conversas reservadas, auxiliares de Lula que sempre foram favoráveis à separação da pasta avaliaram que, caso Segurança Pública fosse um ministério independente, a reação aos atos golpistas poderia ter sido diferente.
O argumento dessa ala do governo é de que, ao concentrar muitas funções em uma só pasta, o atual ministro da Justiça, Flávio Dino, poderia ter dado a devida atenção prévia às ameaças golpistas.
Para um influente ministro filiado ao PT, o ideial seria Lula ter um ministro da Segurança com boa interlocução com os comandantes das polícias militares nos estados e no Distrito Federal.
Lula, como se sabe, chegou a defender a divisão do ministério durante a campanha, mas não cumpriu a promessa. Ao anunciar Dino como ministro, o presidente disse que o ministro construiria as bases para a divisão no futuro.
Por ora, a área de Segurança Pública segue como uma secretaria especial do Ministério da Justiça. A secretaria é comandada pelo ex-deputado Tadeu Alencar, que é do mesmo partido de Dino, o PSB.
Aliados de Dino rebatem
Aliados de Flávio Dino rebatem as críticas de colegas do governo. A avaliação é de que o ministro da Justiça fez sua parte e que o grande culpado seria o governo do DF.
Auxiliares de Dino ressaltam que, desde o sábado (7/1), ele vem conversando com autoridades estaduais o e anunciando reforços na segurança, como a convocação da Força Nacional.