Após imbróglio do Pix, petistas querem discutir IR para reverter maré
Após confusão sobre regras de monitoramento do Pix, petistas querem que nova tabela do imposto de renda seja “pauta positiva” para o governo
atualizado
Compartilhar notícia
Após a nova dor de cabeça para o governo devido às novas regras para monitoramento de transações envolvendo o Pix, a bancada do PT na Câmara discute uma “pauta positiva” como prioridade para a volta do ano legislativo.
Segundo deputados petistas, o novo líder da sigla na Câmara, Lindbergh Farias (PT-RJ), quer discutir com o futuro presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), o projeto que aumenta a faixa de isenção do Imposto de Renda.
O líder argumenta que a ideia de ampliar a faixa de isenção, prometida pelo presidente Lula durante a campanha eleitoral, tem amplo apoio da população, segundo pesquisas.
Dessa forma, a reforma do Imposto de Renda seria uma “pauta positiva” para o governo Lula, que os petistas defenderiam para “mudar a maré” em defesa do governo.
Isenção do IR
A ideia de enviar um projeto para alterar a tabela do Imposto de Renda foi proposta pelo governo no final de 2024. O Planalto tentou enviar a proposta junto com o pacote de ajuste fiscal.
Entretanto, parte do Congresso resistiu à ideia. Segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, a proposta de reforma do IR já está pronta e deve ser enviada para o Parlamento ainda neste ano.
A ideia é isentar o pagamento do imposto de quem recebe abaixo de R$ 5 mil e criar uma tributação mínima de 10% para rendas mensais acima de R$ 50 mil.
Fiscalização sobre o Pix
Já a fiscalização sobre o Pix, anunciada pela Receita Federal em setembro do ano passado, virou a mais recente crise de comunicação no governo Lula.
As novas regras entraram em vigor no dia 1º de janeiro de 2025. Segundo a Receita, as instituições financeiras deverão informar ao Fisco os dados referentes a:
- Transações de R$ 5 mil ou mais realizadas por pessoas físicas; e
- Transações de R$ 15 mil ou mais feitas por pessoas jurídicas (empresas).
- Os limites anteriores eram, respectivamente, de R$ 2 mil e R$ 6 mil.
A ideia da medida, segundo a Receita, é aumentar o controle sobre operações financeiras e facilitar a fiscalização contra evasão fiscal e sonegação de impostos.