Após derrota de Marçal, Zambelli questiona urnas eletrônicas
Após derrota da Pablo Marçal em SP, deputada Carla Zambelli voltou a questionar urnas eletrônicas e prometeu novo projeto de voto impresso
atualizado
Compartilhar notícia
Logo após a derrota do ex-coach Pablo Marçal (PRTB) na disputa pela Prefeitura de São Paulo, a deputada federal bolsonarista Carla Zambelli (PL-SP) postou nas redes sociais uma série de questionamentos ao modelo de votação na urna eletrônica.
No final da noite de domingo (6/10), Zambelli gravou um vídeo prometendo aos seus eleitores retomar o tema na Câmara. Ela também defendeu a necessidade de o próximo presidente da Casa estar disposto a pautar o voto impresso.
“Não existe você colocar um dado como certo, se você não tem como conferir com outro dado. O voto impresso dentro da urna eletrônica, a gente tem dois resultados ali que tem que bater. Um tem que bater com outro. Auditoria é assim. Então você tem que comparar um dado com o outro. Eu queria prometer para vocês que, a partir da eleição do próximo presidente da Câmara, a gente vai iniciar a coleta de assinaturas de um novo projeto de urna eletrônica com o voto impresso ao lado, assim como é na Argentina e em vários países. E digo para vocês: a gente vai precisar de um presidente nosso, um presidente da Câmara que queira pautar isso”, diz a deputada.
Zambelli também disse que “não existe nada inquestionável em uma República”. “Quem pode ser contra a continuidade da urna eletrônica com voto impresso acoplado a ela? Até na Venezuela se conseguiu provar que houve fraude através deste tipo de voto auditável”, afirmou.
Marçal dividiu bolsonaristas
No primeiro turno da eleição paulista, uma das mais disputadas destas eleições, Marçal, candidato que rachou o bolsonarismo, acabou de fora do segundo turno por apenas 56 mil votos. Zambelli tinha declarado apoio ao ex-coach.
O próprio candidato do PRTB, entretanto, reconheceu o resultado das urnas e sinalizou que pode apoiar o atual prefeito da capital paulista, Ricardo Nunes (MDB), na disputa, caso ele incorpore algumas de suas ideias ao programa de governo.
Ver essa foto no Instagram
Como a coluna noticiou no domingo (6/10), o sistema eleitoral havia passado praticamente incólume na campanha de 2024, com candidatos de direita evitando questionar publicamente as urnas, ao contrário do que ocorreu em 2022.
