Após CPI, Planalto, Renan e oposição se unem em disputa no Senado
Os três apoiam o mesmo nome para a vaga do ministro Raimundo Carreiro, que se aposentará do TCU para assumir a embaixada do Brasil em Lisboa
atualizado
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Após atritos na CPI da Covid-19, o Palácio do Planalto, o senador Renan Calheiros (MDB-AL) e parlamentares da oposição estão do mesmo lado em uma nova disputa no Senado.
Os três apoiam o nome da senadora Kátia Abreu (PP-TO) para a vaga do ministro Raimundo Carreiro no Tribunal de Contas da União (TCU). O ministro se aposentará da Corte para assumir a embaixada do Brasil em Portugal.
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Renan, a quem Carreiro era ligado, tem trabalhado pedindo votos dos colegas para Kátia. Ela conta também com apoio do ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, atual comandante do Progressistas.
Em 22 de julho, a senadora se reuniu com o próprio presidente Jair Bolsonaro no Palácio do Planalto. Segundo aliados, o encontro já fazia parte da articulação dela em busca de apoio para o TCU.
A parlamentar tem ainda apoio de vários senadores da oposição, com quem mantém boa relação desde o período em que foi ministra da Agricultura do governo Dilma Rousseff (PT).
Kátia terá como adversário na disputa o senador Antônio Anastasia (PSD-MG). O mineiro tem como principal cabo eleitoral o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, que é do mesmo partido e estado de Anastasia.
O líder do governo na Casa, Fernando Bezerra (MDB-PE), também tem colocado seu nome para a disputa, o que pode pulverizar alguns votos de Kátia Abreu na base governista.
A vaga de Carreiro é de indicação do Senado. O escolhido deverá ser eleito pela maioria dos senadores, após a Casa aprovar a indicação do ministro do TCU para o posto de embaixador brasileiro em Lisboa.