Apagão vira munição de Boulos e Nunes em debate na Band
Candidato do PSol, Guilherme Boulos culpará gestão de Ricardo Nunes por apagão, que por sua vez vai empurrar problema para o governo Lula
atualizado
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O apagão que atinge São Paulo há três dias virou munição para os candidatos à Prefeitura da cidade durante o debate da Band, na noite desta segunda-feira (14/10), o primeiro do segundo turno das eleições municipais.
A coluna apurou que tanto as campanhas do candidato do PSol , Guilherme Boulos, quanto de Ricardo Nunes (MDB), se preparam para explorar a falta de energia elétrica que atinge a cidade desde sábado (12/10).
O psolista, por exemplo, deve criticar a gestão Nunes na cidade como responsável pelo apagão. Ele vai citar as falhas na zeladoria da capital paulista, como a falta de poda de árvores em São Paulo.
Já o atual prefeito e candidato à reeleição vai se defender e jogar a falta de energia no colo do governo Lula, padrinho político de Boulos. O argumento é que o apagão é culta do Planalto, por se tratar de um contrato feito sob concessão federal.
Batata quente
Como noticiou o Metrópoles, Nunes e o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silva, têm trocado farpas sobre o apagão na capital. Em vídeo, Nunes apontou o dedo para Silveira, lembrando que o ministro participou ativamente na negociação para renovar os contratos com a concessionária.
“Ministro de Minas e Energia quer que a Enel continue em São Paulo. Poucas horas antes de uma forte chuva atingir São Paulo, Alexandre Silveira estava com o presidente da Enel em evento na Itália, ajustando a renovação dos contratos da Enel no Brasil”, afirmou o prefeito.
Silveira, por sua vez, rebateu críticas do prefeito de São Paulo e chegou a comparar Nunes ao influenciador Pablo Marçal (PRTB), derrotado no primeiro turno no pleito municipal.
“De olho na herança eleitoral de Pablo Marçal, Ricardo Nunes se mostra um excelente aprendiz de malfeitos, ao divulgar fake news. A verdade é que participei de um fórum de debates na Itália com a presença de vários empresários e autoridades brasileiras e italianas”, afirmou Silveira.