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Ao lado de Boric, Lula defende transparência de resultado na Venezuela

Em declaração ao lado do presidente do Chile, Gabriel Boric, Lula diz que defende “a transparência dos resultados” na Venezuela

atualizado

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Ricardo Stuckert / PR
Lula e Boric
1 de 1 Lula e Boric - Foto: Ricardo Stuckert / PR

Enviado especial a Santiago — O presidente Lula defendeu, nesta segunda-feira (5/8), a “transparência dos resultados” da eleição na Venezuela. A defesa foi feita durante discurso após reunião com o presidente do Chile, Gabriel Boric, no Palacio de la Moneda, sede do governo chileno.

Ao fazer um relato sobre seu encontro com Boric, o mandatário brasileiro disse ter “exposto” ao líder chileno as “iniciativas” empreendidas por ele junto aos presidentes da Colômbia, Gustavo Petro, e do México, López Obrador, em “relação ao processo político na Venezuela”.

Lula afirmou que o respeito pela tolerância e pela soberania popular “é o que nos move a defender a transparência dos resultados”. O petista afirmou ainda que o “compromisso com a paz é o que nos leva a conclamar as partes ao diálogo e promover o entendimento entre governo e oposição”.

“Nossos ideais convergem na defesa intransigente da democracia. Por isso, tive a satisfação de convidar o presidente Boric para a reunião de líderes democráticos contra o extremismo que Pedro Sánchez (primeiro-ministro da Espanha) e eu organizaremos em Nova Iorque, no contexto da Assembleia Geral da ONU. Também expus iniciativas que tenho empreendido com os presidentes Gustavo Petro e López Obrador em relação ao processo político na Venezuela. O respeito pela tolerância e pela soberania popular é o que nos move a defender a transparência dos resultados. O compromisso com a paz é o que nos leva a conclamar as partes ao diálogo e promover o entendimento entre governo e oposição”, afirmou o petista em declaração lida.

O discurso de Lula ao lado de Boric foi na mesma linha adotada pelo petista até o momento. Ou seja, de não reconhecer oficialmente a vitória autoproclamada de Nicolás Maduro na Venezuela, mas, ao mesmo tempo, não condenar os excessos cometidos pelo ditador venezuelano.

Em declarações anteriores, Lula já tinha cobrado a apresentação das atas das zonas eleitorais do pleito na Venezuela. Ao mesmo tempo, porém, o petista afirmou não ter visto nada de “anormal” ou “grave” na eleição, apesar das denúncias de irregularidades feitas pela oposição.

A fala, como noticiou a coluna, foi criticada por integrantes do Itamaraty e até por auxiliares de Lula no Palácio do Planalto. O temor de integrantes do governo brasileiro é que a posição mais complacente do petista em relação a Maduro impacte negativamente a avaliação do presidente.

Boric evita falar de Venezuela em discurso

O presidente do Chile, por sua, evitou falar sobre a situação da Venezuela em seu discurso ao lado de Lula nesta segunda no Palacio de la Moneda. Em declarações anteriores, Boric adotou posição mais firme que o mandatário brasileiro em relação a Maduro.

Boric já afirmou, por exemplo, que a reeleição proclamada de Maduro é “difícil de acreditar”. Também disse que não reconhecerá resultado que não seja verificado por organismos internacionais independentes. A posição levou à expulsão de diplomatas chilenos pelo ditador venezuelano.

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