Antes mesmo da eleição, aliados já disputam sucessão de Bolsonaro
Enquanto Jair Bolsonaro ainda busca a própria reeleição, aliados do presidente já pensam em se credenciar como seu sucessor para 2026
atualizado
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Antes mesmo de saber se Jair Bolsonaro conseguirá se reeleger neste domingo (30/10), ao menos três aliados do presidente já disputam, nos bastidores, o apoio dele para sua possível sucessão em 2026.
São eles: o governador reeleito de Minas, Romeu Zema (Novo); o ex-juiz Sergio Moro (União Brasil), que se elegeu senador pelo Paraná; e Tarcísio de Freitas (Republicanos), que disputa o segundo turno ao governo de São Paulo.
Aliados de Zema afirmam que, caso ele faça um segundo mandato bem avaliado em Minas Gerais, o governador é “naturalmente” candidato à sucessão de Bolsonaro.
O político do partido Novo espera contar com apoio do presidente, especialmente se Bolsonaro conseguir virar a vantagem obtida por Lula entre os mineiros no primeiro turno.
Troca de apoio
Zema, inclusive, fez circular, nos bastidores, a tese de que o presidente teria sinalizado com um apoio a ele em 2026, em troca do apoio do governador no segundo turno das eleições presidenciais deste ano.
A mesma coisa fizeram aliados de Moro, que rompeu com Bolsonaro em abril de 2020, ao deixar o Ministério da Justiça, mas se reaproximou do presidente no segundo turno das eleições deste ano.
O ex-ministro esteve com Bolsonaro nos dois debates presidenciais do segundo turno, o da TV Bandeirantes e o da TV Globo, e atuou como conselheiro de questões relacionados à corrupção.
O ex-juiz da Lava Jato nunca escondeu sua ambição de disputar o Palácio do Planalto. Ele chegou a ser lançado candidato pelo Podemos neste ano. Entretanto, acabou desistindo ao trocar a sigla pelo União Brasil.
“Sucessor natural”
O nome de Tarcísio, por sua vez, é citado por deputados bolsonaristas como “sucessor natural” de Bolsonaro, caso se eleja governador de São Paulo, maior colégio eleitoral do Brasil.
Bolsonaro não parece muito preocupado com a disputa antecipada dos aliados. Auxiliares dizem que o presidente só tem cabeça para a apertada disputa com Lula neste domingo.