André Mendonça prega na Câmara e sai em defesa de Michelle Bolsonaro
Novo ministro do STF participou de culto de encerramento do ano promovido pela Frente Parlamentar Evangélica em auditório da Câmara
atualizado
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Uma semana após ter sua indicação ao Supremo Tribunal Federal (STF) aprovada pelo Senado, André Mendonça participou, nesta quarta-feira (8/12), em um auditório da Câmara dos Deputados, de um culto evangélico de encerramento dos trabalhos legislativos do Congresso Nacional.
Diante de integrantes da Frente Parlamentar Evangélica e de ministros do governo, Mendonça fez uma pregação de cerca de 20 minutos. Em sua fala, fez questão de sair em defesa da primeira-dama do país, Michelle Bolsonaro, alvo de críticas pela forma como comemorou a vitória de Mendonça no Senado, falando em “línguas”.
Após ser alvo de piadas, Michelle rebate: “Intolerância religiosa”
Na pregação, o “terrivelmente evangélico” indicado pelo presidente Jair Bolsonaro à Corte exibiu uma foto do momento em que ele, Michelle e outros aliados comemoravam a aprovação de sua indicação ao STF no gabinete do senador Luiz do Carmo (MDB-G), no Senado.
Mendonça destacou três aspectos da foto: a presença de sua família, a “adoração a Deus” realizada por meio de deputados que comemoraram o resultado rezando de joelhos e a “manifestação do espírito santo”. Essa última, segundo ele, exposta pela reação da primeira-dama.
“Em terceiro lugar, aí chamo a atenção para a dona Michelle: a manifestação do espírito santo. Alguns setores da sociedade têm mal interpretado e até agido com grau de preconceito, por não entender. Mas ali estava o espírito santo de Deus. O amor que começa na família, a adoração a Deus na atitude de oração e a manifestação do espírito santo. Por isso que essa foto para mim vai marcar minha vida. Porque ela sintetiza quatro meses e meio da obra de Deus sendo realizada”, afirmou o novo ministro do STF.
Ao longo da pregação, Mendonça revelou que a ideia de levar sua esposa e seus dois filhos para acompanhar sua sabatina presencialmente no Senado, em 1º de dezembro, foi do ministro Kassio Nunes Marques, primeiro nome indicado por Bolsonaro para o Supremo, em outro de 2020.
Mendonça também relatou que teve dias difíceis, nos quais não tinha “forças de levantar da cama”. Pontuou ainda que só conseguiu ter a indicação aprovada porque os pastores, os integrantes da Frente Parlamentar Evangélica e os fiéis evangélicos se uniram “numa mesma mente, num só propósito, no mesmo amor”.
Ele disse que não será um pastor no STF, mas ressaltou que não renunciará seu histórico na religião. “O André não chega lá com o título de pastor. Mas o André chega com a história de uma vida louvada a Deus. Isso é história de vida, ninguém vai renunciar a si mesmo, renunciar ao que a gente é”, declarou.