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Análise: Marçal usou live com Boulos para levantar a bandeira branca

Ao sentar para conversar com Guilherme Boulos, Pablo Marçal sinaliza que não é mais uma ameaça aos políticos de esquerda e de direita

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Pablo Marçal foi criticado pela direita após acenar a Guilherme Boulos
1 de 1 Pablo Marçal foi criticado pela direita após acenar a Guilherme Boulos - Foto: Reprodução

Pablo Marçal (PRTB) parece finalmente ter levantado a bandeira branca. Após ter tumultuado o primeiro turno da eleição em São Paulo, o ex-coach indica estar interessado em demonstrar que não é mais uma ameaça.

Foi isso que Marçal fez nesta sexta-feira (25/10) ao convidar Guilherme Boulos (PSol) para uma sabatina. A live foi um gesto duplo. Primeiro para a esquerda, ao dar espaço para um psolista falar com o eleitorado marçalista.

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A campanha de Nunes avalia que a live não vai impactar na eleição
Boulos disputa com Ricardo Nunes a prefeitura de São Paulo
O ex-coach Pablo Marçal
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Pablo Marçal e Guilherme Boulos participaram de uma live nesta sexta

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A campanha de Nunes avalia que a live não vai impactar na eleição

Montagem/Reprodução e Leandro Paiva
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Boulos disputa com Ricardo Nunes a prefeitura de São Paulo

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O ex-coach Pablo Marçal

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O segundo gesto foi para Jair Bolsonaro. Ao sentar com Boulos, Marçal praticamente devolve ao colo do bolsonarismo o eleitorado de direita que enxergou nele uma alternativa ao ex-presidente da República.

A live deve ter pouco efeito no resultado do segundo turno para Boulos e Ricardo Nunes (MDB). Na prática, serviu apenas para Marçal abrir mão do eleitorado de direita e mostrar que consegue conversar com a esquerda.

A sinalização de paz faz faz sentido. Marçal deve enfrentar problemas com a Justiça por causa da divulgação, na véspera do primeiro turno, de um laudo médio falso apontando que Boulos seria usuário de cocaína.

Apesar de prometer sair candidato à Presidência da República em 2026, o ex-coach terá de responder por suas ações no pleito de 2024. A expectativa é que ele se torne inelegível, mas outras punições também são possíveis.

Ao abrir mão de seu eleitorado para a esquerda e direita, Marçal passa o recado de que aprendeu a lição e, apesar de não verbalizar, indica estar fora do jogo. Assim, tira a pressão política da equação que decidirá seu futuro na Justiça.

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