Análise: pesquisa Datafolha traz alívio para Nunes e alerta a Marçal
Pesquisa Datafolha divulgada na quinta-feira (5/9) mostra Ricardo Nunes empatado numericamente com Pablo Marçal, que tem a maior rejeição
atualizado
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A pesquisa Datafolha divulgada nesta quinta-feira (5/9) trouxe alívio para a campanha à reeleição do prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), e um alerta para a do ex-coach Pablo Marçal (PRTB).
No levantamento, Nunes oscilou dois pontos para cima em relação à pesquisa de agosto, alcançando 22%. Com isso, o emedebista empatou numericamente com Marçal, que osciliou um ponto no período.
A melhora no desempenho do prefeito confirma a tendência de crescimento que as pesquisas diárias feitas pela campanha de Nunes, os chamados “trackins”, já vinham apontando, como noticiou a coluna.
Entre auxiliares do emedebista, a avaliação é de que a melhora no desempenho dele se deve principalmente ao início da propaganda eleitoral na TV. Nunes tem o maior tempo entre os candidatos.
O Datafolha divulgado nesta quinta trouxe ainda um dado que serve de alerta para a campanha Marçal, mas uma boa notícia para o atual prefeito da capital paulista: a alta rejeição do ex-coach.
Segundo a pesquisa, Marçal tem a maior rejeição entre os candidatos, com 38%. Na sequência, aparecem Guilherme Boulos (PSol), com 37%; José Luiz Datena (PSDB), com 32%; e Nunes, com 21%.
A alta rejeição do ex-coach pode ajudar a campanha de Nunes na tese do “voto útil” na qual aliados do prefeito pretendem insistir para tentar tirar Marçal do segundo turno contra Boulos.
Como a coluna noticiou na quarta-feira (4/9), a ideia da campanha de Nunes é fazer campanha pelo voto útil no emedebista, sob o argumento de que o prefeito tem mais chances de derrotar Boulos no segundo turno.
Aliados de Nunes pretendem, inclusive, usar diversas pesquisas que apontam que o prefeito venceria Boulos com folga no segundo turno, diferentemente de Marçal, que pode ser derrotado pelo psolista.
O Datafolha desta quinta confirmou essa tendência. Segundo o levantamento, Nunes venceria Boulos em um eventual segundo turno por 49% a 37%. Já Marçal perderia para o psolista por 45% a 39%.
A alta rejeição do candidato tem peso sobretudo no segundo turno quando tradicionalmente o eleitorado costuma votar no candidato menos rejeitado.