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Alvo do STF, assessor olavista Filipe Martins silencia nas redes

Assessor para Assuntos Internacionais da Presidência, Filipe Martins não posta desde setembro de 2021 no Twitter, onde era bastante ativo

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Filipe Martins
1 de 1 Filipe Martins - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

Praticamente o único olavista remanescente no governo Jair Bolsonaro, o assessor para Assuntos Internacionais da Presidência da República, Filipe Martins, silenciou nas redes sociais.

Desde setembro de 2021, por exemplo, o olavista não posta no Twitter, rede em que costumava ser bastante ativo na defesa do presidente e nas críticas a instituições como o Supremo Tribunal Federal (STF).

A última postagem de autoria de Filipe Martins no Twitter data de 7 de setembro, dia em que aconteceram diversas manifestações bolsonaristas em todo o Brasil, em apoio ao presidente e com críticas ao STF.

Em 15 de setembro, o assessor retuitou uma postagem de um site olavista que chamava para um artigo escrito por ele próprio. O artigo era sobre “os desafios do povo brasileiro na guerra espiritual que o mundo vive hoje”.

No Facebook, o silêncio de Filipe Martins é ainda mais longo. A última publicação dele na rede social data de março de 2021, agradecendo o “apoio” do consultor político americano George Birnbaum a ataques do qual foi alvo.

Avanço das investigações

A postura do assessor de Bolsonaro nas redes sociais coincide com o avanço de investigações do Supremo contra ele no chamado inquérito das “milícias digitais”.

Filipe Martins já depôs ao menos duas vezes no âmbito da investigação. A última delas, como a coluna revelou à época, ocorreu no dia 2 de dezembro do ano passado.

O silêncio do assessor também coincide com a perda de poder dele no Planalto, ocorrida após a posse de Carlos França como chefe do Itamaraty, em abril de 2021. O olavista era ligado ao ex-chanceler Ernesto Araújo.

Desde que França assumiu, Filipe Martins tem sido vetado de viagens internacionais do presidente e sequer é consultado na elaboração de discursos em eventos diplomáticos.

O assessor também apareceu na lista de indiciados pela CPI da Covid no Senado. Na casa, ele também enfrentou polêmica após ser acusado de fazer gesto associado a supremacistas brancos, mas acabou absolvido pela Justiça.

Procurado pela coluna, o assessor não respondeu.

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