A possibilidade de Aldo Rebelo ser candidato a vice de Ricardo Nunes (MDB) nas eleições de 2024 já tem sido discutida pelo próprio prefeito de São Paulo com aliados nos bastidores.

O assunto foi um dos principais cardápios de um almoço entre Nunes, Aldo e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), na segunda-feira (26/2), na sede da prefeitura.

O encontro também contou com as presenças da senadora Tereza Cristina (PP-MS), ex-ministra da Agricultura do governo Bolsonaro, e do diretor de um conhecido instituto de pesquisas eleitorais.

Segundo apurou a coluna, Nunes ouviu dos presentes a avaliação de que Aldo seria hoje um dos melhores nomes para sua vice, na medida em que poderia agregar o eleitorado de centro-esquerda, majoritário na capital.

Contraponto

Na avaliação de aliados do prefeito, a presença de Aldo na chapa serviria para amenizar o possível impacto negativo que o apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro a Nunes teria no eleitorado mais progressista.

Rebelo foi filiado ao PCdoB por 40 anos e possui um histórico de cargos em governos petistas – ele foi ministro do Esporte no governo Lula (2011-2014) e da Defesa no governo Dilma Rousseff (2015-2016).

A ideia, de acordo com aliados do prefeito, seria Aldo sair candidato a vice pelo MDB, mesmo partido de Nunes. Atualmente, o ex-ministro está licenciado do PDT, que deve apoiar Guilherme Boulos (PSol).

Condicionantes

Aliados de Nunes ponderam, contudo, que a articulação para Aldo ser vice do prefeito só daria certo se o PL, partido de Bolsonaro, e o Republicanos, legenda de Tarcísio, apoiassem a ideia.

Bolsonaro, contudo, demonstra resistência. O ex-presidente já anunciou publicamente ter indicado o coronel da PM Ricardo Mello Araújo (PL), ex-diretor da Ceagesp, para ser vice de Nunes.

Além do aval do bolsonarismo, Rebelo precisaria deixar, até 6 de abril, o cargo de secretário de Relações Internacionais da prefeitura, posto que assumiu em 19 de fevereiro, em substituição a Marta Suplicy.