1 de 1 Geraldo Alckmin é investigado desde 2017, após a delação premiada da Odebrecht.
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Aliados de Geraldo Alckmin acreditam que o ex-tucano terá função primordial perante o PT, ao ser candidato a vice do ex-presidente Lula este ano: segurar os ímpetos dos “xiitas do PT”.
Na avaliação de políticos próximos ao ex-governador, ele terá papel de “moderação”, para impedir que petistas mais radicais recorram a discursos e ações extremistas na campanha eleitoral e num eventual futuro governo.
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Quinze anos depois de concorrerem como rivais nas eleições ao cargo de chefe do Executivo federal, o ex-presidente Lula (PT) e o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB) ensaiam formar aliança inusitada para 2022
Ana Nascimento/ Agência Brasil
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Lula e Alckmin disputaram o segundo turno das eleições presidenciais de 2006 em uma campanha marcada por ataques mútuos. Lula saiu vencedor com 48,61% dos votos
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Após a derrota, Alckmin seguiu como oposição ferrenha a Lula
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No entanto, mirando nas eleições de 2022, o ex-presidente mostrou interesse em ter Alckmin como vice
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O ex-governador, inclusive, tem sinalizado favoravelmente ao petista
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A aliança entre os políticos é estratégica. Ter Alckmin como vice pode atrair setores do mercado e do empresariado que resistem ao nome de Lula como candidato à Presidência da República
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O tucano pode, também, agregar mais votos de São Paulo, o maior colégio eleitoral do país
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De acordo com pesquisa realizada em setembro de 2021 pelo Datafolha, Alckmin estava na liderança para o governo paulista
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A aliança entre os políticos foi oficializada em abril de 2022. A "demora" envolveu, além das questões legais da política eleitoral, acordo sobre a qual partido o ex-governador se filiaria
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Ao ser vice de Lula, Alckmin almeja ganhar ainda mais projeção política, o que o beneficiará durante possível corrida presidencial em 2026
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Pouco antes do Natal, Lula e Alckmin tiveram o primeiro encontro
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Em 18 de março de 2022, Alckmin anunciou a filiação ao PSB, depois de 33 anos no PSDB
Divulgação/ Ricardo Stuckert
Lideranças do PT admitem que o programa de governo de Lula precisará ter anuência de Alckmin. O objetivo é evitar ruídos públicos com o candidato a vice-presidente durante a campanha.
Internamente no PT, há também discursos contra a reforma da Previdência e o teto de gastos, temas já defendidos por Alckmin no passado e que podem causar nova rota de colisão entre ele e petistas.
A expectativa no PT é que Alckmin ajude o partido a angariar votos em um dos territórios mais inóspitos para a sigla: a classe média paulista e a elite agrária do interior de São Paulo, maior colégio eleitoral do país.