Aliados de Lula querem transformar queimadas em crime eleitoral
Após aumento de incêndios perto das eleições, aliados de Lula na Câmara estudam criar o crime eleitoral de queimadas por motivação política
atualizado
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Com indícios de que algumas queimadas que atingem diversos estados do Brasil nos últimos dias tenham motivação política, deputados da base aliada de Lula na Câmara elaboram um projeto de lei para incluir incêndios como possível crime eleitoral.
A ideia dos parlamentares é incluir queimadas criminosas não apenas como um crime ambiental, mas também dentro da legislação eleitoral. Assim, candidatos que incentivassem tal medida poderiam ser punidos pela Justiça Eleitoral.
Neste ano, de 1º de janeiro a 25 de agosto, o Brasil registrou 107.133 focos de calor, uma alta de 75% em comparação com o mesmo período de 2023, de acordo com dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
Integrantes do governo Lula levantaram no domingo (25/8) a possibilidade de que parte dos incêndios estejam ocorrendo de forma coordenada, como um novo “Dia do Fogo” de 2019, quando houve queimadas combinadas.
“Até agora não conseguimos detectar nenhum incêndio causado por raios. Significa que tem gente colocando fogo”, disse Lula ao comentar os incêndios.
Em Goiás, por exemplo, um dos incêndios foi iniciado pelo salgadeiro Lucas Vieira, de 29 anos. Em interrogatório aos policiais, Vieira confessou que recebeu cerca de R$ 300 para atear fogo por motivação política.