Aliados de Bolsonaro apostam que 7 de Setembro ajuda no efeito manada
Campanha de Lula minimiza e avalia que Jair Bolsonaro não conseguiu “furar a bolha” com atos do 7 de Setembro
atualizado
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Estrategistas da campanha à reeleição de Jair Bolsonaro apostam que os atos do 7 de Setembro nessa quarta-feira (7/9) devem ajudar o presidente a conquistar votos fora da bolha bolsonarista mais fiel.
A avaliação é de que as imagens das manifestações cheias e os discursos de Bolsonaro têm potencial para influenciar eleitores indecisos e aqueles que votaram no presidente em 2018, mas deixaram de apoiá-lo.
Há também a percepção de que sobretudo as imagens das ruas lotadas de apoiadores do atual presidente em todo o país vão ajudar no chamado “efeito manada”, atraindo parte dos indecisos.
Para integrantes da campanha, os atos dessa quarta fortalecem ainda a percepção de que Bolsonaro tem uma “militância ativa”, o que seria importante para o trabalho de “virar votos na ponta”.
“No contexto de abstenção gigantesca, como costuma haver no Brasil, engajamento conta e muito”, destaca um importante estrategista da campanha do atual chefe do Palácio do Planalto.
Campanha de Lula minimiza
Coordenadores da campanha de Lula minimizam. A avaliação dos petistas é de que Bolsonaro falou apenas para convertidos nesse 7 de Setembro e teve a ajuda do simbolismo da data para conseguir lotar as ruas.
“Ele mobilizou seus eleitores em um dia carregado de simbologia, que traz a tradição dos desfiles e manifestações cívicas de celebração da Independência”, afirmou à coluna o prefeito de Araraquara, Edinho Silva (PT), coordenador da área de comunicação da campanha de Lula.
A percepção de Edinho, compartilhada por outros petistas, é de que Bolsonaro não conseguiu atingir os eleitores indecisos moderados, porque suas falas “radicalizam o ambiente político” como um todo.
“O Brasil merece melhor destino. Ele apequena o país na celebração do nosso bicentenário. Deprimente.
Tudo se tornou ridículo. Ele devia se envergonhar pelo constrangimento internacional que ele faz o Brasil passar”, emendou Edinho.