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Alesp deve votar cassação de Arthur do Val em plenário no fim de abril

Expectativa é de que processo de cassação de Mamãe Falei seja pautado no plenário da Assembleia Legislativa de SP na última semana de abril

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Arthur Do Val- MBL- Protestos Alesp
1 de 1 Arthur Do Val- MBL- Protestos Alesp - Foto: Fábio Vieira/Metrópoles

O presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), Carlão Pignatari (PSDB), avisou a deputados que deve levar o pedido de cassação de Arthur do Val (União Brasil) ao plenário na última semana de abril.

Segundo deputados ouvidos pela coluna, ainda não há uma data exata confirmada, mas a expectativa é que Carlão marque a votação que pode levar à perda de mandado de Mamãe Falei entre os dias 27 e 28 de abril.

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Dono do canal MamãeFalei, no YouTube, Arthur se autodeclara liberal e utiliza a plataforma de vídeo para disseminar suas ideias. Com mais de 2 milhões de seguidores, Arthur ocupa considerável espaço na direita conservadora do Brasil
Durante um tempo, foi apoiador ferrenho de Jair Bolsonaro mas, em 2019, assumiu pensamento convergente ao do MBL
Em 2018, após se filiar ao DEM, o youtuber foi eleito deputado estadual de São Paulo. Em novembro de 2019, no entanto, foi expulso do partido sob o pretexto de ter atitudes divergentes às ideias da sigla
Em 2020, Arthur se filiou ao Patriota e disputou a prefeitura da cidade de São Paulo, terminando na quinta colocação. Focado em disputar o Palácio dos Bandeirantes nas eleições de 2022, do Val se filiou ao Podemos
No final de fevereiro deste ano, em meio à guerra na Ucrânia, o deputado e o coordenador do MBL, Renan Santos, viajaram para o país europeu
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Arthur Moledo do Val, nascido em 1986, é um deputado, empresário e youtuber brasileiro. Natural de São Paulo, fez parte do Movimento Brasil Livre (MBL) e já foi filiado ao Democratas (DEM), Patriota e ao Podemos (PODE). Atualmente está filiado ao União Brasil

Reprodução/Instagram
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Dono do canal MamãeFalei, no YouTube, Arthur se autodeclara liberal e utiliza a plataforma de vídeo para disseminar suas ideias. Com mais de 2 milhões de seguidores, Arthur ocupa considerável espaço na direita conservadora do Brasil

Arquivo pessoal
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Durante um tempo, foi apoiador ferrenho de Jair Bolsonaro mas, em 2019, assumiu pensamento convergente ao do MBL

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Em 2018, após se filiar ao DEM, o youtuber foi eleito deputado estadual de São Paulo. Em novembro de 2019, no entanto, foi expulso do partido sob o pretexto de ter atitudes divergentes às ideias da sigla

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Em 2020, Arthur se filiou ao Patriota e disputou a prefeitura da cidade de São Paulo, terminando na quinta colocação. Focado em disputar o Palácio dos Bandeirantes nas eleições de 2022, do Val se filiou ao Podemos

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No final de fevereiro deste ano, em meio à guerra na Ucrânia, o deputado e o coordenador do MBL, Renan Santos, viajaram para o país europeu

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Segundo eles, o objetivo do grupo na Ucrânia era conversar com pessoas que estão enfrentando a guerra. Renan afirmou que o convite foi feito a eles por ativistas que participaram dos protestos ucranianos de 2014, batizados de Euromaidan

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Contudo, dias após chegarem ao país europeu, Arthur do Val teve áudios vazados com comentários machistas e sexistas contra policiais e refugiadas ucranianas. Em um deles, o deputado utiliza termos escatológicos, afirmando que as mulheres são “fáceis, porque são pobres” e que “eram minas que se ela cagar você limpa o cu delas com a língua”

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A repercussão negativa dos comentários de Arthur fez com que ele declinasse da disputa pelo estado de São Paulo e se desligasse do Podemos. Além disso, a ação do deputado ainda lhe rendeu uma série de comentários negativos no Brasil e no Mundo. Apesar disso, logo após as falas sexistas, Arthur do Val se filiou ao União Brasil

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No entanto, essa não é a primeira vez que o político se envolveu em polêmicas. Em 2016, Arthur foi acusado de assediar uma jovem de 17 anos. Em 2018, causou repulsa ao falar que não era a Patrícia Pillar, após Ciro Gomes bater na cabeça dele. Em 2020, foi condenado pela Justiça por ataques ao Padre Júlio Lancelloti, entre outras

Reprodução/Facebook

Na terça-feira (12/4), o conselho de ética da Alesp aprovou por unanimidade o relatório do deputado Delegado Olim (PP) recomendando a cassação de Arthur do Val. Todos os nove deputados do colegiado votaram pela cassação.

A expectativa na Alesp, como noticiou a coluna, é de que o resultado unânime se repita no plenário. Para que a perda de mandato seja aprovada, é necessário que ao menos 48 dos 94 deputados estaduais votem pela cassação.

O deputado, que é ligado ao Movimento Brasil Livre (MBL), pode perder seu mandato e se tornar inelegível após a coluna revelar, em primeira mão, áudios dele com comentários sexistas sobre refugiadas ucranianas.

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