Alcolumbre vai segurar sabatinas do STJ enquanto Lula não decidir PGR
Senador Davi Alcolumbre pretende segurar sabatinas de indicados para STJ enquanto Lula não anunciar sucessor de Augusto Aras na PGR
atualizado
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O senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) decidiu segurar as sabatinas dos indicados por Lula ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) no Senado, enquanto o petista não anunciar seu escolhido para a PGR.
Alcolumbre é o presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa, onde as sabatinas dos indicados para tribunais superiores e para a Procuradoria-Geral da República devem acontecr.
Até o momento, ao menos três indicados por Lula ao STJ aguardam a sabatina: os desembargadores José Afrânio Vilela e Teodoro Santos e a advogada Daniela Teixeira, escolhida na vaga da OAB.
Alcolumbre busca influência
Ao segurar as sabatinas dos nomes já indicados por Lula ao STJ, Alcolumbre tenta garantir algum tipo de influência junto ao Palácio do Planalto na escolha do novo chefe da PGR.
O senador era entusiasta da recondução de Augusto Aras, cujo mandato se encerrou na terça-feira (26/9). O presidente, no entanto, deixou claro que não havia chances de isso acontecer.
Alcolumbre, então, teria demonstrado simpatia pela indicação subprocurador Paulo Gonet, nome apoiado pelos ministros do STF Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes.
Lula só decidirá PGR após cirurgia
Como a coluna antecipou há uma semana, Lula avisou a auxiliares que só escolherá o novo chefe da PGR após se recuperar da cirurgia no quadril que fez na sexta-feira (29/9).
Até agora, o presidente recebeu dois “candidatos”: Gonet e o subprocurador Antônio Carlos Bigonha, o preferido dos petistas. Lula, porém, não saiu satisfeito e pediu nova sugestões.
Entre os novos nomes sugeridos ao petista, estão os subprocuradores Luiz Augusto dos Santos Lima, Aurélio Rios e Carlos Frederico Santos, os quais devem ser recebidos pelo presidente após a cirurgia.
Enquanto Lula não indicar o substituto e o Senado sabatinar o indicado e aprovar a indicação, a subprocuradora Elizeta Ramos ficará no comando da PGR interinamente.