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Alckmin terá saia justa quando questionado sobre apoio do PT a Cuba

Ex-governador Geraldo Alckmin sempre foi crítico do regime castrista, enquanto Lula e PT manifestam apoio de longa data ao socialismo cubano

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Ricardo Stuckert/PT
Ex-presidente Lula e ex-governador Geraldo Alckmin participaram de jantar em 19 de dezembro, em São Paulo
1 de 1 Ex-presidente Lula e ex-governador Geraldo Alckmin participaram de jantar em 19 de dezembro, em São Paulo - Foto: Ricardo Stuckert/PT

Aliados de Geraldo Alckmim preveem que ele enfrentará algumas “saias justas” caso acabe mesmo como candidato a vice-presidente na chapa do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva nas eleições de outubro.

Uma delas, dizem, será sobre Cuba. Aliados lembram que Alckmin sempre foi crítico do regime cubano, enquanto o PT já deixou claro que não abrirá mão da defesa de seus aliados de esquerda. Sejam eles ditadores ou democratas.

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Lula e Alckmin disputaram o segundo turno das eleições presidenciais de 2006 em uma campanha marcada por ataques mútuos. Lula saiu vencedor com 48,61% dos votos
Após a derrota, Alckmin seguiu como oposição ferrenha a Lula
No entanto, mirando nas eleições de 2022, o ex-presidente mostrou interesse em ter Alckmin como vice
O ex-governador, inclusive, tem sinalizado favoravelmente ao petista
A aliança entre os políticos é estratégica. Ter Alckmin como vice pode atrair setores do mercado e do empresariado que resistem ao nome de Lula como candidato à Presidência da República
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Quinze anos depois de concorrerem como rivais nas eleições ao cargo de chefe do Executivo federal, o ex-presidente Lula (PT) e o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB) ensaiam formar aliança inusitada para 2022

Ana Nascimento/ Agência Brasil
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Lula e Alckmin disputaram o segundo turno das eleições presidenciais de 2006 em uma campanha marcada por ataques mútuos. Lula saiu vencedor com 48,61% dos votos

Band/Reprodução
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Após a derrota, Alckmin seguiu como oposição ferrenha a Lula

Filipe Cardoso/ Metrópoles
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No entanto, mirando nas eleições de 2022, o ex-presidente mostrou interesse em ter Alckmin como vice

Rafaela Felicciano/Metrópoles
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O ex-governador, inclusive, tem sinalizado favoravelmente ao petista

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A aliança entre os políticos é estratégica. Ter Alckmin como vice pode atrair setores do mercado e do empresariado que resistem ao nome de Lula como candidato à Presidência da República

Michael Melo/Metrópoles
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O tucano pode, também, agregar mais votos de São Paulo, o maior colégio eleitoral do país

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De acordo com pesquisa realizada em setembro de 2021 pelo Datafolha, Alckmin estava na liderança para o governo paulista

Igo Estrela/Metrópoles
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A aliança entre os políticos foi oficializada em abril de 2022. A "demora" envolveu, além das questões legais da política eleitoral, acordo sobre a qual partido o ex-governador se filiaria

Ana Nascimento/ Agência Brasil
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Ao ser vice de Lula, Alckmin almeja ganhar ainda mais projeção política, o que o beneficiará durante possível corrida presidencial em 2026

Rafaela Felicciano/Metrópoles

Publicamente, Alckmin sempre condenou a autocracia dos irmãos Castro em Cuba. Em 2013, quando era governador de São Paulo, recepcionou pessoalmente a blogueira cubana Yoani Sánchez, crítica da ditadura, em visita à capital paulista.

Antes disso, nas eleições de 2006, quando concorreu contra Lula à Presidência da República, Alckmin chamou Fidel Castro de “obsoleto” em uma entrevista à Folha de S. Paulo. Completou dizendo que o regime castrista “não representa o futuro”.

Dirigentes do PT, por sua vez, afirmam que não haverá nenhum constrangimento na campanha de Lula em manter a posição que o partido “sempre manteve”, apelando para “autodeterminação dos povos” para justificar a defesa de aliados polêmicos.

Recentemente, Lula causou polêmica ao minimizar a ditadura de Daniel Ortega na Nicarágua, chegando a compará-lo com a chanceler alemã Angela Merkel.

Na ocasião, a presidente do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), disse à coluna que Lula foi vítima de “fake news” e que não havia visto problema na posição adotada pelo ex-presidente da República. “Se quiser saber como o PT será na campanha (no tema das relações exteriores), é só olhar nossos governos”, afirmou.

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